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O cenário cultural perdeu um entusiasta das artes no Ceará. O teatrólogo Guilherme Neto morreu ontem aos 89 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. Talentoso, ele navegou por diversas áreas artísticas e marcou seu nome na história da comunicação no Estado.
Como diretor artístico, Guilherme teve seu trabalho reconhecido na Ceará Rádio Clube, a PRE-9, e na TV Ceará. Fruto da direção do cearense, os veículos transmitiram adaptações de peças de teatro e clássicos da literatura brasileira. Com mais de 70 anos dedicados às artes e à comunicação, ele abriu um importante espaço para compositores do Estado.
Guilherme Neto teve um papel fundamental como divulgador das artes no Estado. A abertura para artistas como Belchior, Fagner, Rodger Rogério, Wilson Cirino, Téti, Ednardo, entre vários outros, contribuiu para a formação da geração do “Pessoal do Ceará”.
Além disso, o cearense ajudou a projetar, nas artes cênicas, nomes como Aderbal Freire-Filho, Emiliano Queiroz e Ary Sherlock. Ele participou da fundação da Rádio Universitária da Universidade Federal do Ceará (UFC).
Sobrinho de Guilherme Neto, o ator e diretor Ricardo Guilherme homenageou o tio nas redes sociais. “Detentor de talentos e detector de talentos, Guilherme Neto, meu amado tio João, se converteu em um paradigma de unânimes afetos, um santo profano, homem de coração constantemente grávido”, publicou.
O prefeito de Fortaleza, Roberto Claudio (Pros), lamentou, por meio de nota, a morte de Guilherme Neto. “A história de vida de Guilherme Neto ocupa um capítulo completo nas artes e na comunicação do Ceará”.
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