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O corpo do ex-deputado Antonio Paes de Andrade foi velado ontem no Salão Negro do Congresso Nacional. O velório foi encerrado com uma missa marcada no meio-dia. O sepultamento do ex-parlamentar aconteceu no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Paes de Andrade morreu na tarde de quarta-feira, aos 88 anos, em decorrência de complicações durante uma cirurgia no estômago. Em silêncio, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e outros parlamentares passaram pelo salão para prestar homenagens ao cearense. Na sessão de ontem, Cunha pediu um minuto de silêncio em memória do ex-deputado.
O presidente da Câmara lembrou parte da trajetória de Paes de Andrade e destacou sua atuação “incansável” na política. Ele lembrou que o cearense ocupou vaga na Câmara entre 1963 a 1999 e presidiu a Casa no período de 15 de fevereiro de 1989 a 2 de fevereiro de 1991. “Paes de Andrade, que honrou meu partido, o PMDB, e o cargo que ocupo, presidente da Câmara dos Deputados, foi uma figura ímpar na história”, declarou Cunha.
Na trajetória legislativa, o político foi interlocutor de manifestações contra a censura à imprensa, a violação dos direitos humanos, as cassações de mandatos parlamentares, as prisões arbitrárias e a extinção de partidos políticos. Natural de Mombaça, Paes de Andrade era advogado e professor. Entre 2003 e 2007, o ex-deputado ainda assumiu a sede diplomática do Brasil em Portugal.
Em homagem a Paes, o deputado Domingos Neto (Pros) apresentou um projeto que denomina Deputado Paes de Andrade o Açude Castanhão, no Estado do Ceará.
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