[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Laudo conclui que militante da ALN foi executado | Política | O POVO Online
ALN 12/12/2013

Laudo conclui que militante da ALN foi executado

Versão anterior, apresentada pelo regime, era de que Arnaldo Cardoso Rocha havia sido morto em tiroteio
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Rocha também era do PCB
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Uma nova perícia dos restos mortais de Arnaldo Cardoso Rocha, ex-militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN) e do Partido Comunista Brasileiro (PCB), aponta que ele foi executado, e não morto em um tiroteio, como haviam afirmado autoridades do regime militar (1964-1985).


A análise foi divulgada ontem pela integrante da Comissão Nacional da Verdade Rosa Cardoso, no Fórum Mundial de Direitos Humanos, em Brasília.


O trabalho foi feito a partir da comparação entre o laudo médico do IML paulista produzido em 1973 --após a morte de Rocha-- e perícia feita em agosto deste ano pelo Centro de Medicina Legal da USP.


Os peritos constataram que mais de 20 fraturas no corpo de Rocha não foram relatadas no laudo de 1973. Assim, a versão apresentada pelo regime, de que o militante teria sido morto em confronto com a polícia, foi colocada em xeque.


Arnaldo Carlos Rocha (1949-1973) era estudante universitário e militante da Aliança Nacional Libertadora. Quando seu corpo chegou a sua cidade natal, Belo Horizonte, a pedido dos pais de Rocha, estava em um caixão lacrado e assim foi enterrado.


A exumação do corpo de Rocha revelou que ele foi atingido por, pelo menos, 15 tiros. Na análise forense, chegou-se à conclusão de que os disparos foram feitos de cima para baixo.


A perícia também concluiu que ele estava imobilizado quando foi atingido, o que descarta a possibilidade de tiroteio e confirma a hipótese de execução.


Tortura

Rocha teria sido gravemente ferido antes de receber os tiros, afirma o relatório. Há indicativos de que ele também teria sofrido tortura, com a ocorrência de uma prática chamada “falanga” --agressões repetidas no pés e nas mãos, geralmente com barra de ferro ou cassetete.

 

Porém, a falta de informações no laudo de 1973 impediu que houvesse uma definição conclusiva de que se trata de caso de tortura.


A Comissão Nacional da Verdade e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República entregaram o laudo à família de Arnaldo Rocha. Sua mulher, Iara Xavier Pereira, fez discurso de agradecimento às instituições que atuaram no caso. (da agência Folhapress)

 

> TAGS: ditadura aln
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