[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
A Polícia Militar tirou ontem os manifestantes que ocupavam, desde 15 de julho, uma área do Parque do Cocó para evitar a construção de dois viadutos pela Prefeitura de Fortaleza no encontro das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior. Um policial militar ficou ferido durante a operação e um manifestante foi detido depois de caminhar nu até uma barreira de policiais. Com o fim do acampamento, as obras no local já começam neste sábado, com a Guarda Municipal presente, disse o secretário municipal de Infraestrutura, Samuel Dias.
A operação envolveu cerca de 300 policiais militares, segundo o coronel José Maria Barbosa Soares, do Comando de Policiamento Especializado (CPE) da PM. O início aconteceu às 15h45, quando a barreira policial que aguardava a ordem na Antônio Sales começou a descer a avenida em direção ao campamento, lançando bombas bombas de gás lacrimogênio e atirando balas de borracha contra os manifestantes, que por sua vez arremessavam pedras contra os policiais.
Ao longo dos dez minutos que duraram a ação, os manifestantes saíram por duas aberturas na grade do Parque e pelos fundos. Um membro do grupo, identificado como Osvaldo Andrade, foi detido, mas liberado depois que o vereador João Alfredo (PSol) intercedeu por ele. Um policial levou uma pedrada na cabeça e foi socorrido pelos colegas. Após a desocupação, equipe da Prefeitura recolheu os utensílios deixados no acampamento, como mesas, cadeiras, tapumes, faixas e uma bicicleta. Os objetos foram levados para a Regional II, onde, segundo a Polícia, serão catalogados e devolvidos aos manifestantes que os reclamarem a partir desta segunda-feira, 7.
Protesto sem roupa
Às 17h15, enquanto seguia a limpeza do acampamento, o manifestante Gustavo Mineiro, 31 anos, tirou a roupa perto do supermercado Frangolândia e partiu em direção aos policiais que guardavam a entrada do Parque. Ele foi imobilizado, coberto por um das faixas que pouco antes ainda estavam penduradas na grade e levado para o 2º Distrito Policial, aplaudido por manifestantes. Às 17h30, enquanto manifestantes lamentavam, alguns chorando, o desfecho do acampamento, um oficial da Justiça Federal emitiu a posse da área à Prefeitura, representada ali pelos secretários Samuel Dias e Francisco Veras (Segurança Cidadã), que assinaram o documento.
Como
ENTENDA A NOTÍCIA
Segundo a assessoria de imprensa da PM, dois policiais saíram feridos da operação.15 pessoas foram presas por dano ao patrimônio na avenida Engenheiro Santana Júnior e encaminhadas ao 2º Distrito Policial, no Meireles.
Bastidores
Oficiais de Justiça chegaram ao acampamento do Cocó por volta das 13h15min para notificar os manifestantes, mas não foram recebidos por eles. No momento da chegada, os acampados promoviam rodas de música e ignoraram a presença dos agentes.
Muitas pessoas que acompanhavam de longe a ação de desocupação do Parque do Cocó demonstravam apoio a ações de violência, mesmo que excessivas e desnecessárias, da Polícia. “Tem que descer a chibata mesmo, se fosse eu já chegava atirando”, disse um cidadão que observava a ação, em comentário que recebeu apoio de diversas pessoas próximas.
Desavisados, idosos que caminhavam nas ruas próximas foram surpreendidos pela ação da Polícia. Eles tentavam correr para fugir das bombas de gás, surpreendidos pela ação da Polícia.
Após a desocupação, Guardas Municipais avançaram em direção do Cocó. Antes da investida, no entanto, integrantes do batalhão especial da Guarda aproveitavam o momento de descontração para baterem fotos de si mesmos em formação.
Enquanto equipes da Prefeitura limpavam o local do acampamento desmanchado, manifestantes continuavam hostilizando policiais que bloqueavam a entrada do Parque. Um deles disse a outro que “enquanto não acabasse a maconha” os protestos continuariam.
Veja também
Ministério Público tentou evitar uso da PM Juiz tentou em vão fazer manifestantes saírem Manifestação marca um mês de desocupação do acampamento no Cocó Manifestantes promovem ato contra construção de viadutos no Cocó Obras dos viadutos serão concluídas em 12 meses, afirma prefeito em visita ao CocóErro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016