Cresce expectativa pela visita de secretário da Segurança à Assembleia

Após divulgação de índices negativos da violência e episódios envolvendo a segurança, cresce pressão pela visita de Francisco Bezerra à Assembleia. Apesar de tentativa em antecipar a ida, encontro ficará para após o recesso

DEIVYSON TEIXEIRA

Tentativa de antecipar ida do coronel Bezerra não vingou

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Após divulgação de novos índices negativos da violência no Ceará, cresce a pressão e expectativa de deputados estaduais pela visita do secretário de Segurança Pública do Estado, Francisco Bezerra, à Assembleia Legislativa. Apesar de tentativa da oposição em antecipar a ida do secretário, o encontro ficará apenas para após o fim do recesso parlamentar - em 7 de agosto. Nos últimos dias, críticas sobre o tema dominaram os debates na Casa, partindo até mesmo de integrantes da base aliada do governo Cid Gomes (PSB).

“Como se trata de área sensível, espero que o secretário de Segurança não tenha o mesmo perfil dos demais gestores que visitaram a Assembleia - que só falam e não são questionados. Temos de cobrar atitude dele, uma mudança que traga resultados”, disse ao O POVO o deputado Heitor Férrer (PDT).

Nas sessões desta terça-feira e quarta-feira - duas últimas antes do recesso - a pasta da Segurança e a visita de Francisco Bezerra figuraram entre assuntos mais debatidos. Motivada pelo caso do padre Elvis Marcelino de Lima, assassinado no último sábado na Praia de Iracema, a deputada Eliane Novais (PSB) apresentou requerimento convocando urgência na visita do secretário. A ação, no entanto, não vingou.

“A sociedade clama por uma melhoria na segurança pública e, do jeito que está, estamos todos vulneráveis”, disse João Jaime (PSDB). Mesmo ocupando posição de vice-líder do governo, Augustinho Moreira (PV) também criticou índices da violência no Estado e fez uma série de sugestões à pasta. “Isso é inadmissível, precisamos de ações que estimulem os policiais”, disse, na última terça-feira, ao comentar notícia de jovem preso por traficar drogas em frente à delegacia em Fortaleza.

Na Assembleia, alguns deputados defenderam ainda mudanças na cúpula da segurança do Estado. “Para se ter mudança com resultados, é preciso entregar isso para alguém que tenha vontade de mudar, mexer no time”, diz Heitor Férrer.

Pandemia

Apesar de admitir que os índices da segurança têm “preocupado” o Governo do Estado, o líder de Cid Gomes na Assembleia, Sarto Nogueira (PSB) destaca que a situação faz parte de “contexto geral” de crescimento da violência no País. “Infelizmente, isso é uma pandemia que vem acometendo o Brasil, muito por conta da grande entrada de drogas no País durantes os últimos anos”, afirma.

Apesar disso, ele destaca que o governo vem investindo na área e diz que o secretário não “se omite” em prestar informações.

“Temos que contextualizar, porque o governo atual fez inúmeros investimentos: dobrou número de delegacias, fez a Academia da Polícia, ampliou a remuneração dos PMs, entre outros”. Sobre possíveis mudanças na equipe da segurança, Sarto é direto: “Isso é uma avaliação simplista do problema. Não são pessoas, são teses. E nisso estamos investindo”.

SERVIÇO

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Saiba mais

O assassinato do padre Elvis Marcelino de Lima, vítima de tentativa de sequestro na Praia de Iracema, no último sábado, provocou debates na sessão de terça-feira da Assembleia.

Na ocasião, a deputada Eliane Novais (PSB) apresentou requerimento pedindo urgência na visita de Francisco Bezerra na Assembleia. A intenção era que o secretário prestasse contas de ações da pasta para redução dos índices de violência no Estado.

Outros episódios recentes no tema da segurança pública, como o assassinato de 12 PMs apenas este ano no Ceará e a ação de seguranças pessoais do presidente do Tribunal de Justiça do Estado na prisão de assaltantes também geraram críticas de deputados. “O governador concebeu programa de segurança pensando na fotografia. Em belos carros e fardas”, diz Heitor Férrer.

> TAGS: Cid Gomes coronel Bezerra ceará

Carlos Mazza carlosmazza@opovo.com.br

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Confronto das ideias

Jose Luciano Muniz Lima 25/07/2013 08:00

Moleque de recado(ajudante de ordens) desde tenente da oligarquia vai nada! Pq não entende de segurança e nem a bancada da bala deixa, pois essa tá adorando o aumento da criminalidade que é prato cheio pra eles! Né mala? O estado está abandonado na S. pública. A polícia só age contra pobres.

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Paulohenriquecampos Paulo 21/07/2013 11:52

esse secretario devia fazer ogoverno convocar mais policiais q estao aguardando ser chamado e nada de chamar.

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Klunk 19/07/2013 21:55

Eu não sei o que o Secretário de Segurança vai fazer na Assembleia.Lá ele vai está blindado pela bancada do Governo que é maioria.Como seu cargo é de confiança,vai defender o projeto falido do "Ronda", e com diz Leonardo Boff, vai vender "o boi pelo bife", falando tudo em context

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