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O plenário do Supremo Tribunal Federa (STF) decidiu ontem que cada ministro pode definir sua metodologia de voto sobre o mensalão. Em mais um sinal claro de polarização, o revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, acusou o relator do caso, Joaquim Barbosa, de querer votar o processo com a "ótica" da acusação do Ministério Público Federal. A fala irritou Barbosa que se disse ofendido pelo colega.
No início da sessão, Barbosa propôs analisar o mensalão por itens da denúncia. A Procuradoria-Geral da República dividiu os 37 réus em núcleos: político, operacional e financeiro, que teriam atuado na compra de votos para a composição da base do governo Lula no Congresso.
"Vou julgar a ação penal por itens de acordo com o formulado pela denúncia e julgarei seguindo a lógica da denúncia". O relator-revisor reagiu. "Estaremos adotando a ótica do Ministério Público e admitindo que existem núcleos", disse. Barbosa retrucou: "É uma ofensa, não venha vossa excelência me ofender em plenário." O revisor disse que a proposta de fatiar a votação era "anti-regimental". Barbosa retrucou: "Eu não falei em votar o núcleos. Eu falei que vou votar em itens". O ministro Marco Aurélio também se posicionou contra analisar partes".
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