[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Heitor Férrer | Política | O POVO Online
Eleições 2012 05/08/2012

Heitor Férrer

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MORONI TORGAN - Sem contar as milhares de pessoas nas filas da Saúde, há em Fortaleza 508 mil pessoas com alguma deficiência visual. Como o senhor enfrentará essa realidade, caso seja eleito?

 

HEITOR FÉRRER: Moroni, a minha Fortaleza precisa ser uma cidade realmente acessível a todos. Pessoas com algum tipo de deficiência necessitam de atenção contínua do município. A responsabilidade da Prefeitura é assegurar a quem tem problemas de mobilidade o acesso integral às vias, ao transporte e à informação. As edificações e espaços urbanos de uso público precisam, sem exceção, respeitar o que está previsto no Plano Diretor de Mobilidade Urbana. Nossas calçadas, por exemplo, ainda não permitem que aqueles que usam bengala sigam caminho sem correr riscos. Com a implantação do Programa Fortaleza Acessível para Todos, vamos padronizar os principais corredores da nossa capital e tornar Fortaleza um modelo no Brasil.

 

INÁCIO ARRUDA - Qual sua opinião sobre a implantação das Zonas Especiais de Interesse Social –ZEIS - em Fortaleza?

 

HEITOR FÉRRER: Inácio, as Zonas Especiais de Interesse Social começaram a ser implantadas no Brasil na década de 80. Essas áreas ocupadas pela população de baixa renda vão fazer sim parte da nossa política de planejamento urbano. Mas antes precisaremos estudar minuciosamente o Plano Diretor de Fortaleza para assim analisarmos a possibilidade de fazer a regularização fundiária dessa ou daquela área. Muitas famílias estão há décadas nesses locais, hoje, chamados de Zonas Especiais de Interesse Social. Por isso os donos de imóveis que são reconhecidamente de uso residencial terão a nossa sensibilidade. A moradia popular estará acima da especulação imobiliária. Pensaremos sempre em privilegiar o coletivo.

 

Marcos Cals - São recorrentes as denúncias de malversação dos recursos públicos no Brasil. Sua atuação na Assembleia pauta-se, inclusive, pelo anúncio de fatos envolvendo o mau uso do dinheiro público e a falta de transparência. Eleito Prefeito de Fortaleza, qual será sua política para essa área?

 

HEITOR FÉRRER: Marcos Cals, os recursos públicos são do povo. Na nossa administração pretendemos submeter todas as contas a uma rígida controladoria administrativa e contábil. Com uma completa auditoria financeira vamos corrigir erros que prejudicam o bom andamento das contas do município. Sem contas equilibradas não é possível manter a gestão em pleno funcionamento, não é possível realizar investimentos primordiais. Vamos, em parceria com o Conselho Regional de Contabilidade, transformar o Portal Municipal da Transparência num portal que seja de fácil entendimento. A população vai saber quanto se arrecada, quanto se gasta e em quê se gasta. Vamos cumprir rigorosamente a Lei de responsabilidade fiscal.

 

RENATO ROSENO - Qual sua estratégia para ampliar a participação popular e a transparência nas decisões da cidade? Como dar exemplo dessas iniciativas desde agora?

 

HEITOR FÉRRER: Roseno, o eleitor é também o cidadão que paga vários impostos e quer, com todo direito, o retorno proporcional dos valores gastos com a gestão pública. As contas do município precisam, regularmente, estar visíveis a todos os contribuintes. Hoje, apenas 2% dos recursos do município são destinados ao chamado Orçamento Participativo de Fortaleza. E como são os fortalezenses que financiam o pleno funcionamento da Prefeitura, o gestor maior do município precisa transparecer a eles que o investimento é feito corretamente, inteligentemente. Por isso temos a proposta de dar eficácia e eficiência ao Portal Municipal da Transparência da Prefeitura de Fortaleza. O povo merece uma gestão transparente.

 

ROBERTO CLÁUDIO - O trânsito em Fortaleza está cada vez mais complicado. Que planos tem para esta área?

 

HEITOR FÉRRER: Roberto Cláudio, o trânsito da Capital tira a paciência de todos, motoristas profissionais ou não. Não importa o tipo do veículo, todos nós temos dificuldades para seguir caminho. Como dar vazão a tantos veículos se não temos grandes investimentos em mobilidade urbana? Vamos implantar o Programa Integração Ônibus 100% e o Programa Trânsito Rápido. Queremos alterar o sentido de algumas vias, criar novas avenidas, alargar outras e construir túneis, viadutos, ciclovias, passarelas e faixas exclusivas para ônibus e táxi. É possível também implantarmos a “onda verde”, que é o sincronismo dos semáforos. Pretendemos trazer para Fortaleza os melhores especialistas em Engenharia de Tráfego.

 

ELMANO DE FREITAS -Fortaleza tem encarado a questão do déficit habitacional e já entregou mais de 5 mil habitações, sendo que outras 6,9 mil estão em construção. A prioridade foram as áreas mais carentes e de risco – nos últimos anos essas áreas foram reduzidas
em mais de 15%. Como o senhor pretende estender a habitação para toda a cidade?

 

HEITOR FÉRRER: Elmano, ter uma casa própria continua sendo o único sonho de milhares de fortalezenses. Nos últimos anos, milhares de famílias que moram em áreas de risco poderiam ter ganhado um endereço digno se a gestão municipal tivesse atuado de maneira eficaz. De acordo com a Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza, nos últimos sete anos foram entregues apenas 5.201 casas. São conjuntos habitacionais prometidos e não concretizados. É pouco para uma cidade do tamanho da nossa que tem aproximadamente 70 mil famílias à espera de uma casa própria. Por isso vamos, juntamente com os governos estadual e federal, viabilizar o Programa Casa da Gente para construir 20 mil casas
em 4 anos.

 

VALDECI CUNHA - Que providências o seu governo tomaria para acabar de vez com a terceirização das atividades essenciais e relevantes na Prefeitura de Fortaleza, uma vez que é proibição legal, de modo que esses trabalhadores, muitos dos quais são pais de família, não sejam prejudicados sumariamente com demissões ou algo semelhante?

 

HEITOR FÉRRER: Valdeci, a Prefeitura de Fortaleza carece de personalidade própria por ser refém de uma gestão que privilegia ativistas partidários e não reconhece a importância da presença de técnicos. Segundo o próprio candidato indicado pela prefeita de Fortaleza, a atual gestão tem 3 mil cargos de confiança e outros 10 mil cargos terceirizados. São 13 mil vagas preenchidas por pessoas que não passaram por concurso público. Mas não sabemos se tais números são verdadeiros, porque não há transparência. A nossa proposta é rever esses números e realizar concursos para termos servidores próprios. O concurso gera uma concorrência benéfica para a gestão pública e garante oportunidade e estabilidade
ao servidor.

 

ANDRÉ RAMOS -Deputado, recentemente o senhor visitou o principal Hospital da nossa cidade, IJF. Qual problema mais te chamou atenção?

 

HEITOR FÉRRER: André, além dos corredores sempre lotados de macas com pacientes transferidos de outras unidades e outros municípios do Ceará, encontrei não apenas um único problema e sim vários. O estado de abandono que encontrei na maior e principal unidade da rede municipal de saúde é extremamente preocupante, apesar da grande dedicação dos profissionais do IJF. Quem passa do lado de fora do Frotão não imagina que pacientes comuns dividem praticamente o mesmo espaço com pacientes presos. Em visita a um dos banheiros dos funcionários, encontrei mictórios e vasos entupidos, sem condição alguma de funcionar. A lavanderia que o IJF tinha está desativada. Falta zelo da atual gestão municipal com os bens públicos.

 

FRANCISCO GONZAGA - Hoje o município tem 36% do Orçamento engessados com a dívida pública, terceirizações e transferências. Isso dificulta investimentos sociais em áreas prioritárias. O que o senhor faria para mudar essa situação?

 

HEITOR FÉRRER: Gonzaga, se a população de Fortaleza me eleger como Prefeito, uma das primeiras providências que tomarei será a de rever, sem exceção, todas as contas que o município tem. O orçamento é primordial num ente público como a Prefeitura. No nosso governo, levaremos em consideração a eficiência, a eficácia e a transparência. Teremos, primeiro, o objetivo de manter toda a estrutura pública municipal funcionando plenamente, sem atropelos. E, claro, é também nosso objetivo adequar o orçamento aos investimentos necessários em áreas prioritárias como saúde, educação, mobilidade urbana e moradia popular. A máquina pública precisa ter personalidade forte.

 

 

"A moradia popular estará acima da especulação imobiliária. Pensaremos sempre em privilegiar o coletivo" 

 

"Hoje, apenas 2% dos recursos do município são destinados ao chamado Orçamento Participativo 

 

"Vamos implantar o Programa Integração Ônibus 100% e o Programa Trânsito Rápido"

 

"Quem passa do lado de fora do Frotão não imagina que pacientes comuns dividem praticamente o mesmo espaço com pacientes presos" 

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