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A crise dos empréstimos consignados 06/04/2012

"Não permito tráfico de influência", diz Cid

A Secretaria do Planejamento não aceitou as explicações da empresa ABC sobre o crédito consignado e irá notificá-la até a próxima semana, podendo vir a cancelar contrato. Cid falou com exclusividade para O POVO
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O governador Cid Gomes foi enfático, ontem, ao determinar que as questões relativas ao crédito consignado sejam esclarecidas. “Não permito tráfico de influência e não permito desonestidade”, disse, em entrevista exclusiva ao O POVO, por telefone, do Uruguai, onde passa o feriado da Semana Santa. A declaração foi dada pouco depois de o titular da Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag), Eduardo Diogo, dizer que o Governo não ficou satisfeito com as informações prestadas pela Administradora Brasileira de Cartões (ABC) sobre os empréstimos consignados.


A ABC é a empresa contratada, por licitação, pelo Governo do Estado para administrar o crédito consignado. Na prática, ela faz a intermediação entre servidores públicos com bancos, controlando o limite de endividamento dos funcionários. Em setembro, o deputado Heitor Férrer (PDT) denunciou a taxa de juros que vinha sendo cobrada , segundo ele, acima das praticadas no mercado. Além disso, chamou atenção para o fato de que a ABC contratou uma terceira empresa, a CCI, para administrar o consignado. A empresa é de propriedade de Luis Antonio Ribeiro Valadares, genro do secretário-chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho.


Ontem, Cid deixou claro que a Seplag é a responsável por conduzir a apuração do caso. “Ninguém tem ingerência sobre a Secretaria do Planejamento, só o Eduardo Diogo. No meu governo, não permito um secretário interferir na secretaria do outro. Ninguém fala em meu nome”.


Em entrevista ao O POVO, Diogo explicou porque não aceitou as informações da ABC. Segundo ele, a Seplag não tem o detalhamento das ações da empresa. “Quais são os agentes que a ABC utiliza? A Seplag não tem detalhamento das informações. O que queremos é que a ABC mostre como funciona sua rede de relacionamentos na concessão do crédito consignado”, afirmou.


Sanções

Segundo Diogo, na próxima semana a ABC será notificada a prestar mais esclarecimentos e, dependendo da resposta, poderá vir a sofrer sanções. “Isso é assunto de interesse público, já que envolve recursos descontados em folha de pagamento do Estado”. Em nota, a Seplag disse que “refuta e repudia quaisquer eventuais benefícios, próprio ou de terceiros, advindo do proveito de interfaces públicas”. A nota destaca ainda que tomará as providências que avaliar cabíveis, podendo, inclusive, rescindir contratos.

 

“O que o Governo puder fazer para resguardar os servidores do Estado do Ceará, fará. Se buscarmos equações outras que se evidenciem como mais favoráveis ao servidor, caminharemos nesse sentido”, garantiu Diogo.


O POVO tentou contato com a empresa ABC durante a tarde de ontem, mas a assessoria de comunicação não atendeu às ligações. No número disponibilizado pela empresa em seu site, a reportagem não conseguiu acessar os diretores do grupo.

 

E agora


ENTENDA A NOTÍCIA


O governo não se sentiu contemplado com os esclarecimentos públicos sobre os empréstimos consignados. Semana que vem, a empresa será pressionada mais uma vez para que se explique sobre sua rede de relacionamentos.

 

SERVIÇO

 

Para informações sobre empréstimos consignados

Seplag: (85) 3101 3829 ou 31016715

consignacao@seplag.ce.gov.br

ABC: 0800 723 1523

Endereço: Rua Guilherme Rocha, 17, Centro, Fortaleza-CE


Entenda o caso


No início de novembro de 2009, a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) do Estado lançou o Cartão Único.


O instrumento seria usado para garantir benefícios para os servidores estaduais e evitar endividamentos exagerados na tomada de empréstimos com desconto em folha de pagamento.


Foi fixado o limite legal de 40% do comprometimento do salário dos funcionários (30% para dívidas, 10% para novas consignações).


O Cartão Único passou a ser gerido pela Administradora Brasileira de Cartões (ABC), que venceu a licitação, e pode ser utilizado em compras e consignações, com descontos via débito em conta.


Em setembro do ano passado, o deputado estadual Heitor Férrer (PDT) denunciou que a ABC havia transferido para a empresa Promus o direito de administrar a quase totalidade do mercado de empréstimos consignados para o funcionalismo estadual.

 

Fez ainda denúncia de que a empresa aplicaria juros acima do valor de mercado.

A Promus é de propriedade de Luis Antônio Ribeiro Valadares, genro do secretário-chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho.

 

Na última quarta-feira, a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) publicou nota na qual cobrava da ABC esclarecimento sobre os “detalhes de suas operações com as instituições financeiras credenciadas, demonstrando a adequação dos juros cobrados aos parâmetros praticados pelo mercado”.

Ontem, a ABC publicou nota com informações sobre as taxas de juros. Ainda à tarde, a Seplag soltou nova nota. O documento expunha a insatisfação com os esclarecimentos da empresa e comunicava que haverá nova interpelação, na próxima semana, para que a ABC “supra a plenitude dos questionamentos, de interesse público”.


A Seplag quer saber os agentes que a ABC utiliza, com detalhamento de informações sobre a rede de relacionamentos na concessão do crédito consignado.

 

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espaço do leitor
Ted Barbosa 07/04/2012 08:43
É querer fazer o povo de otário...VERGONHA!!!!!
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Amarilio Dantas 07/04/2012 07:54
Com Cid é assim de imediato, pegou com a mão no bolo... Isso em sua boca, o Deputado Heitor ficou rouco de tanto denunciar esta roubalheira e o Governador fazia que não era aqui, agora que estourou a nível Nacional ele vem com esta conversa mole! A quem pensa que engana cara pálida!
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Carlos Francisco da Silva 07/04/2012 06:14
"Não permito tráfico de influência" - Governador Pinóquio Cid Gomes.
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Domingos Freitas 06/04/2012 22:49
"Não permito tráfico de influência", diz Cid. ME ENGANA Q EU GOSTO!!!
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José Aguiar 06/04/2012 19:00
Ainda bem que a notícia foi divulgada em nível nacional, se não... O que menos importa é a taxa de juros, que é cobrada pelos bancos. Importa esclarecer sobretudo os motivos da subcontratação e os vínculos entre contratada e subcontratadas, bem como o percentual de remuneração dessas empresas.
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