[an error occurred while processing this directive] A vitória de quem dedicou a vida ao trabalho | Páginas Azuis | O POVO Online
Pedro Freitas 09/05/2016

A vitória de quem dedicou a vida ao trabalho

Empresário Pedro Freitas, fundador da Casa Freitas, completou 90 anos em 2016 com um novo desafio no varejo
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Paula Lima paulalima@opovo.com.br
Foto: Julio Caesar


Pedro Freitas deixa de lado o livro que tem nas mãos, na varanda do apartamento, em que vive para receber a reportagem do O POVO.


Aos 90 anos, ele olha para a própria trajetória e revela a maior lição para quem vive o varejo: trabalho e honestidade.


Puxa da memória o começo da carreira como camelô nas ruas de São Paulo, depois da frustração de não conseguir prestar vestibular para medicina.


Diz que está aposentado, mas confessa ir às lojas para visitar antigos funcionários e orientar os filhos que hoje comandam o negócio, mesmo quando diz que os filhos já não precisam mais de orientação.


Este ano vai abrir a primeira loja em Itapipoca, cidade natal, projeto que toca na linha de frente.


O POVO - O livro biográfico sobre o senhor começa com um trecho escrito a punho pelo senhor, que é “reze como se tudo dependesse de Deus e trabalhe como se tudo dependesse de você”. Esse sempre foi o lema?

PEDRO FREITAS - Foi.

OP - Quem ensinou isso ao senhor?

FREITAS - Foi a própria vida. Estudei uma parte no Liceu do Ceará e terminei no Rio. Mas eu não gostei do Rio de Janeiro. Terminei o científico, queria estudar pra fazer vestibular, meu ideal era ser médico, mas não deu nada certo. Me frustrei muito no Rio. Naquela época não tinha vestibular para medicina em Fortaleza e eu fui para o Rio de Janeiro (1949). Fui estudar com três colegas, um aqui de Amontada, dois do Rio e um do Amazonas. Eles faziam curso para o vestibular, mas eu não tinha dinheiro. Eu só tinha o dinheiro da indenização que recebi, em Fortaleza, do trabalho de técnico em enfermagem na Santa Casa de Misericórdia. Mas esses meus amigos levavam para casa as apostilas e eu ficava estudando até meia noite. Eles insistiam pra eu ir assistir aula no curso deles, porque eram 61 alunos e no meio deles eu podia me fazer, né? E eu fui. O diretor do colégio, com uns dias que eu estava frequentando o curso sem me matricular, descobriu. Me deu um chamado tão grande que eu saí de lá chorando. Disse que lá no colégio dele os professores eram pagos, não era pra vagabundo ir assistir a aula. Eu já havia me decepcionado com o Rio, aí me frustrei de uma vez. E isso foi bom pra mim, porque eu resolvi minha vida, fui pra São Paulo e lá me dei muito bem. São Paulo me ofereceu tudo, tudo que eu precisava, viu?!

 

OP – Viver essa frustração de desistir de ser médico e ter coragem de ir sozinho pra São Paulo. Qual foi a maior lição que o senhor tirou disso?

FREITAS - A lição da minha vida mesmo. Ao chegar a São Paulo eu me hospedei em um hotel perto do Largo da Concórdia, na rua Cavalieri. Paguei quatro dias de hotel e desci pro Largo da Concórdia. Lá tinha um camelô trabalhando, explicando a mercadoria, trabalhava com o óleo do poraquê e o óleo do peixe-boi. Eu fiquei ouvindo aquelas coisas, ele naquela catarinada disse que “um dia na praça José de Alencar, terra da qual eu tenho a honra de pertencer”... ele era cearense! E continuava dizendo que o doutor fulano de tal, que deu nome alemão, provou que é o óleo do peixe-boi, que serve pra isso, pra aquilo, pra aquilo outro. Depois ele terminou na roda, porque aquilo cansa muito. Eu fiquei lá numa barraca e ele foi pra lá também. Aí eu perguntei “Você é cearense?”. Ele: “Sou, cearense de Aracati”. Aí nós entramos em conversação e ele disse: “Conterrâneo, você veio pra cá fazer o quê?”. Disse: “vim arranjar um emprego, pra ver se eu me equilibro na vida”. E ele disse: “Conterrâneo, não vá ser camelo de paulista não”, essa foi a expressão. Você é cearense ou paulista, de onde é que você é?

OP – Sou de família cearense.

FREITAS – Então posso falar! Ele dizia: “Não vá ser camelo de paulista não, vá trabalhar com alguma coisa, por conta própria, porque o povo aqui dessa praça é muito besta” - desculpe a expressão - “mas se você embrulhar *#%& e vender como remédio pra matar barata…o povo compra”

OP - O povo comprava?

FREITAS - É! (risos) Enganado! Eu fiquei conversando com ele mais algum tempo e ele disse “Vá ser meu agá”. Eu lá sabia o que era agá! Era o que compra, ele me explicou depois. Me deu cinco mil réis pra eu comprar dois vidro, um de peixe-boi e outro de óleo do poraquê. Eu chegava lá na praça com uma dor no joelho e ele ia tratar do meu joelho, dava uma porrada no meu joelho e tudo. E na frente das pessoas eu comprava dois vidros do óleo do peixe-boi. Aí dava massagem e eu sentia que eu ficava bom. Tudo de araque, né?! (risos) Ele era muito boa gente… Eu gostaria de vê-lo novamente. Não sei qual é a situação dele, mas se eu o encontrasse hoje, que acho que até já morreu, eu tratava de ajeitar a vida dele como ele ajeitou a minha. Mas bom, continuei trabalhando com ele. Até que eu fui fazer minha própria roda. Depois de um determinado tempo, já ganhava alguma coisa pra me manter…

OP – Quanto tempo o senhor ficou vendendo na rua?

FREITAS - Um dia eu estava trabalhando, já tinha feito a roda, quando apareceu um cara dizendo que queria falar comigo. Eu pensava que era o pessoal da polícia, porque estavam indo nos camelôs lá em São Paulo. E ele disse: “rapaz você tem essa voz de cearense, meio mal educada, vamos trabalhar comigo”. Eu resisti: “não, eu estou bem aqui”. E ele: “bora fazer uma experiência lá, fazer um teste lá na Porta de Ouro comigo”. O Sílvio Santos estava saindo para comprar uma rádio com o Manoel de Nóbrega, que era o parceiro dele. Eu me interessei, fui fazer o teste no outro dia. Passei. Ele me deu o óleo do peixe-boi que eu já conhecia, o cortador de vidros e outra mercadoria lá. Eu trabalhei, aprovei e ele disse: “Pode trabalhar comigo”. Aí eu dei uma satisfação lá ao Raimundo na Praça da Concórdia e fui fazer uma experiência com ele.

OP - Com carteira assinada?

FREITAS – Não! (risos) Carteira assinada... (risos). Fazia aquelas papagaiadas de camelô, na calçada mesmo (risos).

OP - O senhor se divertia?

FREITAS - Eu ganhava alguma coisa e vivia de muita economia, na época, tudo que eu ganhava era pra guardar.

OP - Sempre soube poupar o dinheiro?

FREITAS - Sempre fui de poupar o máximo possível. Aí um dia o meu irmão, que trabalhava na J. Torquato aqui, que já faleceu, o último irmão sou eu. Minha mãe teve 12 filhos e eu fui o último, ainda estou vivo, mas foram todos embora. Mas bom, a esposa do meu irmão me deu um telefonema e disse que o Doca tinha sido indenizado pela J. Torquato e estava sem fazer nada, tratando de gado lá no interior e ela queria ver se arranjava alguma outra coisa pra ele. Eu pensei em botar uma loja com ele. Fui dar um balanço nas minhas finanças e tinha 300 e tantos réis de poupança.

OP - Valeria quanto hoje?

FREITAS – Uns 20 mil reais.

 

OP – Como camelô o senhor economizou tudo isso?

FREITAS - Economizei. 20 mil reais, é mais ou menos isso, talvez um pouco mais. E mandei o meu irmão botar uma loja e ficava mandando mercadoria pra ele de São Paulo. A loja era na General Sampaio, 389. Eu trabalhava de madrugada, na Praça da Sé, e quando dava sete horas da manhã eu ia vender na feira. De tarde, eu ia fazer compras pra mandar pro Ceará. Foi na época que saiu a meia espuma de nylon, vendeu muito aqui.

OP - Já era Casa Freitas?

FREITAS - Era Casa Freitas. Logo depois abri uma loja lá em São Paulo, na rua Conselheiro Furtado, 135. Vendia umas coisinhas pra camelô revender. Eu comprava na rua mesmo, na 25 de Março, na rua Oriente, nas fábricas. Ensinava o camelô a trabalhar com aquelas mercadorias, já tinha sido camelô. E um dia eu resolvi vir aqui pro Ceará.

OP - O senhor já estava bem de vida?

FREITAS - Mais ou menos. Não tava muito não (risos).

OP - Morava de aluguel ainda?

FREITAS - Era. Mas eu vim para o Ceará, meu irmão com a loja muito devagar, tinha apurado dez contos. E eu disse “ê, irmão, tá ruim assim, me dá esses 10 mil réis que eu vou dar uma volta. Quando eu cheguei ao Palácio do Comércio, em frente ao Banco do Brasil, tinha uma vitrine “Vende-se”. Dei uma de João Doido: “É o prédio que você quer vender?”. “Não, é só a vitrine, mas se você quiser pode comprar a luva”, disse o proprietário. Entramos em negociação e eu comprei a luva do prédio. Aí transferi a mercadoria. Recebi o prédio numa quinta-feira, trabalhei sexta-feira o dia e a noite todinha, sábado e domingo, quando foi segunda-feira eu estava com a loja aberta. Arranjei algumas pessoas pra me ajudarem, aí foi um sucesso. Eu tinha mandado um saldo de meias e vendi muito bem. Tinha um camelô que tinha sido meu agá lá em São Paulo, o Barroso, chamei ele pra cá. “Vamos trabalhar nessa mercadoria”. E o Barroso dizia que não sabia. “Vamos que eu te ensino”. Fomos para o abrigo que tinha ali na Praça do Ferreira. Fui com ele, trabalhei três dias ensinando. Essa meia foi um sucesso danado.

OP - Como que o senhor escolhia a mercadoria?

FREITAS - Era intuição. E eu já tinha muita prática trabalhando nas feiras, via a mercadoria que servia mais, essa coisa toda e assim eu vivi. Em poucos dias, eu disse: “Irmão, fica aí. A Casa Freitas já está vendendo mais ou menos bem, está mais ou menos organizada”. Voltei pra São Paulo e continuei na mesma vida.

OP - Por que o senhor não quis ficar aqui?

FREITAS - Porque eu tinha que mandar mercadoria, fazer algum futuro lá em São Paulo, né? E assim foi a minha vida.

 

OP - Hoje o senhor acredita que é possível uma pessoa começar do zero, um camelô, se formalizar, montar a própria loja?

FREITAS - Do mesmo jeito. Depende da boa vontade, eu creio muito na vontade de trabalho. A vida só é boa e bela quando se trabalha pelo ideal grande e nobre. Com honestidade e sinceridade.

OP - O senhor ainda trabalha, vai às lojas?

FREITAS - Eu estou aposentado, passei para os meus filhos. A Casa Freitas tem 18 lojas. O meu filho Pedrinho, que eu passei uma das lojas pra ele, criou a Freitas Varejo e hoje está com 18 lojas.

OP - O senhor montou a primeira Casa Freitas com seu irmão, depois passou uma das lojas pro Pedrinho. O senhor ficou independente do filho mais recente e comprou a parte do seu irmão. Por que essas duas rupturas?

FREITAS - É o seguinte, eu trabalhei com meu irmão 29 anos. Meu irmão era uma pessoa muito boa, amigo mesmo e muito trabalhador também. Mas meus filhos já estavam grandinhos e discutiam com os filhos dele, deram de brigar e eu chamei meu irmão e disse: “Irmão, precisamos parar a sociedade, está na hora”. Eu estava com um dinheiro no banco e nós separamos a sociedade. Meu irmão ficou com uma loja, com os prédios, uns imóveis que nessa época eu já tinha comprado. E ele foi tratar da vida dele com os filhos e eu com meus filhos também.

OP - E quando o senhor decidiu separar a loja do Pedrinho?

FREITAS - Depois de um determinado tempo, Pedrinho gostava muito de farrear, era menino grande. Um dia falei com ele meio bravo porque todo dia ele chegava da farra tarde, às vezes era cinco horas da manhã e quando eram sete horas eu o acordava: “vamos trabalhar!”. Chegava seis e meia, sete horas, “vamos trabalhar”. Nem dormia. E eu em um desses dias, numa farra que ele fez muito grande, fiquei chateado, discuti com ele, disse: “olhe, eu vou lhe dar uma loja para você organizar e lidar. Agora tem uma coisa: se você não der conta do recado, você vai comer capim, porque não ajudo mais não”.

OP - Foi uma decisão difícil ou foi uma coisa tranquila pro senhor?

FREITAS - Foi tranquilo. Eu tinha uma loja na General Sampaio e ele ficou com a loja. E subiu muito, rapidamente. Parou de farrear e foi trabalhar. Hoje tem 18 lojas. É um craque, né? É trabalhador e sério.

OP – O senhor passou por algumas crises econômicas também. Como que o senhor vê a situação do País hoje?

FREITAS - Ao todo a situação é meio difícil, mas a gente sabendo trabalhar, procurando mercadoria que sirva, vai pra frente. Hoje, todo mês eu mando um dos meus filhos pra São Paulo, eu trabalho com três filhos. Pedrinho tem o negócio dele. Todo mês vai um pra São Paulo, pra China, que é muito bom o comércio da China. Trazendo mercadoria, a gente vai seguindo…

 

OP - Foi o senhor quem ensinou pra escolher a mercadoria certa?

FREITAS - Não, só a prática mesmo quem ensina, prática no comércio. Tem muita união entre meus filhos. São três, Fernanda, Pedrinho e Marcelo. O maior exemplo que eu dei é o da união. Mostrava o quanto eu fui unido com os meus irmãos e eles pegaram. Do mesmo jeito eles estão levando a vida.

OP - Do que o senhor lembra que foram grandes mudanças no comportamento de compra do consumidor?

FREITAS - Às vezes a gente precisa fazer promoção. Uma mercadoria não sai bem, vendo até a preço de custo. Aí a gente vai levando a vida. Não estou mais trabalhando muito não, eu vou apenas às lojas pra visitar os meus funcionários antigos, que eu quero muito bem. Passo um dia em uma loja, outro numa outra e assim por diante.

OP - Então o senhor ainda sabe o que está vendendo?

FREITAS - Sei e oriento os filhos. Mas meus filhos não precisam mais da minha orientação, já estão espertos no ramo.

OP - O Brasil está vivendo o crise econômica...

FREITAS - Tá em crise, mas não tão grande quanto o pessoal fala aí. Caíram 20, 30% das vendas, que não representa nada em relação ao conteúdo total da mercadoria.

OP – O senhor acredita que o varejo hoje é o melhor jeito de ganhar dinheiro?

FREITAS - Eu acho que sim. Varejo, atacado. Por exemplo, nós recebemos muita mercadoria de São Paulo, mandado diretamente das fábricas, e da China. Aí a gente faz boas vendas.

OP - Qual o segredo de chegar aos 90 anos com saúde e disposição?

FREITAS - É viver tranquilo. Com a união dos meus irmãos, meus filhos, isso que me faz rejuvenescer. Com a família unida, isso é uma coisa muito importante na vida.

OP - E o que que o senhor ainda deseja?

FREITAS - Conservar esse status que eu tenho com meus filhos unidos e isso é o suficiente.

OP - O título da biografia do senhor é A vitória do trabalho. É esse o sentimento que o senhor tem da vida?

FREITAS - É. (olhos marejados) Eu fico até meio emocionado quando conto a minha história porque é uma vida de muito trabalho, muita luta.

OP - E o que o senhor diz a quem pergunta como ter vitória no trabalho?

FREITAS - Trabalho, honestidade, persistência e vontade de vencer, que isso é o principal. Sempre ter um objetivo na vida, né? É como eu disse, a vida só é boa e bela quando se trabalha por um ideal grande e nobre. E esse ideal eu sempre mantive.

OP – O que o senhor faz pra se divertir?

FREITAS - Mais nada! (risos) Eu agora estou construindo uma loja em Itapipoca, minha terra natal. Essas construções me divertem muito.

OP - É o senhor quem comanda a construção?

FREITAS - É.

OP - Então o senhor está na ativa.

FREITAS - É, nesse ponto sim, mas meus filhos é que levam mais a vida.

OP - E por que uma loja em Itapipoca?

FREITAS - Porque é minha terra. E eu prefiro fazer alguma coisa por minha terra. Saí de lá com 16 anos e sempre alimentei a esperança de que ia ajudar minha terra de qualquer maneira. E fui, fiz várias visitas até lá e constatei que o pessoal precisava dessa ajuda. É uma loja grande, de mais ou menos 3 mil metros de área. Tô gastando um bocado de dinheiro e, se Deus quiser, vou ter retorno.

OP - O senhor quer ir morar lá?

FREITAS - Eu intencionava, mas minha mulher tem um ciúme danado de mim, não quer que eu vá (risos). Meu ideal é ir pra lá, pelo menos pra começar a loja e orientar o pessoal. Já que eu já tenho uma certa experiência, né?

OP - O senhor tem toda a experiência...

FREITAS - Tenho (risos). Mas nunca a gente aprende tudo, sempre tem alguma coisa nova que você precisa saber, né?!

 

LEITURA


LIVROS. PEDRO FREITAS ESTAVA LENDO UM LIVRO ESPÍRITA DE ZÍBIA GASPARETTO, ENQUANTO AGUARDAVA A REPORTAGEM. “SOU CATÓLICO, MAS ZÍBIA ENSINA MUITA COISA BOA”.


FAMÍLIA


ORGULHO. DURANTE A ENTREVISTA PEDRO FREITAS ELOGIA INÚMERAS VEZES OS FILHOS E O GENRO. “PARECE QUE DEUS OS BOTOU MESMO NA TERRA PARA ME AJUDAR”


GERAÇÕES


NETOS. SÃO SETE NETOS, FILHOS DOS TRÊS FILHOS. A NETA AMANDA ESTÁ REALIZANDO, POR TABELA, O SONHO DE SEU AVÔ: VAI SER MÉDICA.

 

PERFIL

Pedro Freitas nasceu em 1926 em Itapipoca (CE), 147 km de Fortaleza. Décimo segundo filho do casal Antônio de Freitas, agricultor e comerciante, e Antônia Freitas, dona de casa. Aos 16 anos foi morar em Fortaleza, estudou no Liceu do Ceará. Fez curso técnico de enfermagem e trabalhou para ajudar a sustentar a mãe, já viúva na década de 50. No início dos anos 60 abriu a primeira Casa Freitas. Em 1964 casou com Onivalda, em Palmácia, e tiveram três filhos: Fernanda, Pedro e Marcelo.


PERGUNTA DO LEITOR


Saulo Monte Campelo, empresário

LEITOR - Qual a dica o senhor daria para quem quer ter sucesso no varejo?

Pedro Freitas -Trabalhar, trabalhar, fazer promoção. Não ver apenas o caminho mais rápido para chegar ao topo. Só com o trabalho você chega lá. Sempre superei as crises com o trabalho. Esse é o melhor caminho. Procurar a mercadoria mais lógica para trabalhar. A pessoa consegue superar. Não vender muito fiado, porque fiado leva o cara ao túmulo. Tratar o cliente muito bem, comprar para vender o que você gostaria de comprar. Se colocar no lugar do cliente. Tem que ter preço também. Ninguém supera os preços das Casas Freitas, sempre foram muito bons. Conservar muita amizade com os funcionários, dar o bom exemplo. Com trabalho, comecei de baixo e cheguei a esse ponto. O ponto do sossego.

 

SERVIÇO

 

Livro Pedro Freitas,
A vitória do Trabalho

De Ana Karla Dubiela

Editora Lumiar

153 páginas

 

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