O convite para Dedé Santana participar de O Shaolim do Sertão, conta o diretor Halder Gomes (Cine Holliúdy), foi feito pelo WhatsApp. Halder, expectador e fã de Os Trapalhões, enviou uma mensagem. Dedé retornou dias depois, em uma ligação.
Tempo
Depois de responder a perguntas para TVs e blogs e de tirar selfies com jornalistas, Dedé Santana chegou desconfiado. Resistiu no início, até que embarcou em quase meia hora de andanças pelo tempo. Ao final, declarou: “essa mulher me deu uma canseira!”.
PERFIL
Manfried Sant´Anna, nome de batismo escolhido pelo pai, nasceu em São Gonçalo (Rio de Janeiro) e caminha para os 79 anos. Vem de um circo-familiar mambembe, passou pela Rede Globo – onde alcançou o auge do sucesso, com Os Trapalhões (o programa foi criado em 1966, na TV Excelsior, integrou a programação da Tupi e da Record e foi exibido até o dia 27 de agosto de 1995, na Globo) -, chegou a diretor de cinema. A carreira não para, ele diz, driblando o envelhecer: este ano, o comediante interpreta o pai da mocinha no filme O Shaolim do Sertão, contracena com a filha Yasmin Santana no longa Licença Prêmio (de Santiago Dellape), divide a cena com Renato Aragão em uma releitura cinematográfica de Os Saltimbancos e se desafia a um novo nascimento como ator na peça A Última Vida de um Gato (direção de Victor Garcia Peralta).
PERGUNTA DO LEITOR
Tarcísio Matos, jornalista e escritor
LEITOR - Há espaço, na TV brasileira, hoje, para programas como Os Trapalhões?
Dedé – Há, sim. O grande exemplo disso é a Escolinha (do Professor Raimundo) nova que fizeram. O que é a Escolinha, que tá fazendo um tremendo sucesso? São os atores imitando os atores antigos, o Chico, o Lúcio Mauro, o Zé Bonitinho. Essa é a grande prova que há espaço. O que não há mais é outro grupo igual.
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