[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Para entender os termos feministas | Páginas Azuis | O POVO Online
Lola Aronovich 30/11/2015

Para entender os termos feministas

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Rodrigo Carvalho
Ela diz que já era feminista antes de ter ouvido algo sobre o assunto


1 Masculinistas é um termo oriundo do inglês Men’s Rights Activists (ativistas dos direitos dos homens) ou na sigla MRAs. O movimento se pretende uma oposição ao feminismo. Lola, que cunhou a abreviação mascus em seu blog, afirma que partem dos masculinistas muitos das ameaças que ela e sua família recebe.


2 Sororidade parte do radical sóror, que significa irmã, e o aplica como o radical frater foi aplicado e dicionarizado na língua portuguesa: fraternidade. O significado é uma aliança entre as mulheres, que implica em apoio mútuo, e no não julgamento de atitudes das mulheres. Pela sororidade, mulheres se identificam umas com as outras, entendem que as rivalidades são construções machistas e as batalhas devem ser encampadas juntas.


3 Misoginia é o ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino e às características a ele associadas. Está diretamente ligada à violência contra a mulher. A misoginia é um aspecto central do preconceito sexista e base importante para a opressão de mulheres em sociedades patriarcais. A misoginia é manifestada em várias em piadas, pornografia e violência, e no autodesprezo que as mulheres são ensinadas a sentir pela sua condição.

 

NÚMEROS

 

38%

DOS ASSASSINATOS

de mulheres em todo o mundo têm como responsáveis seus parceiros, afirma estudo da London School of Hygiene & Tropical Medicine, em 2013


54%

FOI O CRESCIMENTO

do número de mulheres negras assassinadas entre 2003 e 2013, enquanto o número de mulheres brancas assassinadas caiu 10% no mesmo período. Os número são do Mapa da Violência de 2015

 

PERFIL

Dolores Aronovich Aguero, 48, nasceu em 6 de junho em Buenos Aires, capital da Argentina. Ainda criança ganhou o apelido de Lola. Filha de Nelida Maria Aguero e José Bernardo Aronovich, é a primogênita de três irmãos. A família veio para o Brasil no início da década de 1970, quando Lola tinha quatro anos. Moraram no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Santa Catarina. Cursou Pedagogia, enquanto dava aulas de Inglês. Escreveu por 14 anos críticas de cinema em jornais de Santa Catarina. Conheceu o marido Sílvio Cunha, jogando xadrez, aos 23 anos, e só casou quando foi cursar o doutorado-sanduíche em Detroit, nos EUA, em 2006. Doutora em Literatura em Língua Inglesa pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é professora há seis anos da Universidade Federal do Ceará (UFC). Feminista desde a infância, há oito anos escreve no blog Escreva Lola Escreva, um dos mais acessados e importantes do assunto no Brasil.


Pergunta da leitora

 

Frida Popp, 20, estudante de Comunicação Social e militante do coletivo Lilas


LEITOR - Correntes do feminismo defendem que o movimento é apenas para as que nasceram mulheres, sem espaço para mulheres transexuais. O que você acha do transfeminismo?

Lola - Feminismo é para todo mundo. Não faz sentido excluir homens cis, e não faz sentido algum excluir homens ou mulheres trans. A gente importou uma briga do EUA entre feministas radicas e transfeministas, que não tem nenhum motivo de ser. O transfeminismo cresceu bastante, e isso é bom. É um movimento separado porque o enfoque é a identidade, as necessidades das pessoas trans que, muitas vezes, são diferentes das mulheres cis. O feminismo radical é contra homens no feminismo e, para elas, uma mulher trans é homem. Isso é um problema sério, um desrespeito à identidade de uma pessoa. Sou a favor das transfeministas.

 

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