SIM
Contudo, dependerá da mobilização de cada cidadão. Precisamos ter na participação do povo uma constância para garantir a transparência na atividade pública. Não sou futurólogo, disponho de relação amistosa e respeitosa com o vice-presidente Michel Temer. Tenho convicção clara da chegada do momento em que precisamos fazer um governo de unidade nacional entre os diversos partidos e demais representações da sociedade.
Frente a essa necessidade, sem dúvidas, o vice-presidente reúne todas as condições, pela experiência adquirida após servir o estado na condição de procurador geral de São Paulo e, posteriormente, na Secretaria da Segurança Pública. Somado a isso, sua atuação na Câmara dos Deputados por três vezes na presidência e liderança do maior partido do País (o Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB) por tanto tempo nos dá garantia de que Temer tem capacidade de congregar, aglutinar no seu entorno uma base política capaz de fazer as mudanças de que o País necessita.
É necessário focar na economia, enxugar o tamanho do governo, cortar ministérios (atualmente são 38 pastas) e cortar despesas não prioritárias que servem muito mais para financiar mobilizações de apoio ao governo do que para projetos sociais voltados para a saúde, educação e qualidade de vida.
O Brasil é rico, de potencial fantástico e com ativos, capaz de alimentar o mundo, mas com déficit infraestrutural de mais de 600 bilhões a serem realizados. É necessário esforço na construção de unidade política e administrativa, com programa mínimo, priorizando questões econômicas, que garantirão a manutenção e os avanços sociais além das discussões de um novo pacto federativo. Temos que sair da crise, por meio da retomada do crescimento pela geração de empregos e atentos às contas públicas com responsabilidade. O vice-presidente Michel Temer demonstra capacidade para realizar esses avanços e superar o momento crítico pelo qual passa a nação. Não podemos desistir do Brasil.
"Michel Temer demonstra capacidade para realizar esses avanços e superar o momento crítico pelo qual passa a nação"
Danilo Forte
dep.daniloforte@camara.leg.br Deputado federal (PSB-CE)
NÃO
A “reunião de bons pais e bons maridos”, de “honestos pela moralidade e pela família”, no último domingo, foi um atentado contra a democracia. Uma tentativa de dar aparência de legalidade a um golpe. Isso mesmo: golpe. Contra a democracia. Contra a Constituição. Como em 1964.
Prova de que o Brasil, infelizmente, ainda não superou essa triste tradição.
Como deixaram claro as falas dos deputados, que passaram longe das inventadas “pedaladas fiscais”, Dilma e a democracia brasileira foram vítimas de uma tentativa de golpe, injustificável e inaceitável por qualquer cidadão que defenda a democracia, a justiça, a legalidade.
Também nós, do PCdoB, temos nossas críticas à política econômica e à dificuldade do governo em ampliar os avanços populares em escala mais profunda e veloz. Mas é inegável que as gestões Lula e Dilma asseguraram conquistas históricas para o povo brasileiro, com inclusão social jamais vista (40 milhões de cidadãos), fazendo o pobre ter comida na mesa e, vejam só, filho na universidade!
O Brasil cresceu muito, por muitos anos. Venceu as crises internacionais valorizando o mercado interno. Promoveu ascensão social a ponto de gerar para nossas elites um problema cultural: a aceitação da presença do outro, que, agora, pode com ela dividir espaço em faculdades, shoppings, aeroportos.
A tentativa de golpe rasga a Constituição e serve apenas aos interesses das forças conservadoras, embaladas por Fiec, Fiesp e OAB. Pela sede de poder de Temer e Cunha. Esses, sim, têm explicações a dar, mas se acham no direito de depor ilegalmente a presidente Dilma. A população brasileira não os aceita, por não engolir oportunismo, traição, injustiça, conspiração.
Impeachment sem crime tem nome: é golpe. Não adianta dizer que não. Nem afirmar que a presidente deveria sair pelo fato de parte da população “não gostar do seu governo”. Outra grande parte foi às ruas em todo o País para defender Dilma e a democracia. “Não gostar de governo” não é motivo para impeachment, e sim para disputar eleições.
O golpe contra Dilma é um golpe contra o País e contra 54 milhões de brasileiros. Sigamos nas ruas e na luta para reverter isso, na Justiça e no Senado. Não deixemos que a história nos julgue como cúmplices de um golpe.
"Impeachment sem crime é golpe. “Não gostar de governo” não é motivo para impeachment, e sim para disputar eleições"
Chico Lopes
dep.chicolopes@camara.leg.brDeputado federal (PCdoB-CE)
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