[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] A Venezuela sem Chávez: o que fazer? | Mundo | O POVO Online
PONTO DE VISTA 07/03/2013

A Venezuela sem Chávez: o que fazer?

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João Bosco Monte, consultor internacional

A Venezuela certamente não será a mesma sem a figura do “comandante” Chávez. De fato, não existe nenhum quadro que possa imediatamente substitui-lo, embora o nome do vice-presidente Nicolás Maduro, apadrinhado diretamente por Chávez, tenha sido apresentado como seu sucessor. A história mostrará os resultados positivos e negativos do governo de Hugo Chávez, tanto para os venezuelanos como os aliados de Caracas, principalmente Cuba, Bolívia, Equador e Nicarágua.


Do ponto de vista interno, Hugo Chávez optou por uma politica populista, que em tese, atendeu os anseios mais imediatos da população, distribuindo favores aos mais


necessitados, financiados diretamente com os recursos da venda do petróleo. Por outro lado, a base da economia não foi pensada por Chávez durante os anos de seu governo. A consequência é que a indústria venezuelana sucumbiu e o comércio perdeu fôlego. A economia do país passou a depender exclusivamente dos reservas


oriundas da venda do petróleo e das atividades da estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA). Mas com a queda do preço do produto e a baixa produtividade da empresa, a receita reduziu drasticamente.


Não resta dúvida que o resultado da política de inserção social implementada pelo governo de Chávez foi positivo, notadamente no que se refere à redução da pobreza, universalização do atendimento à saúde e eliminação do analfabetismo. Já no campo diplomático, a comunidade internacional se acostumou com as diversas tiradas histriônicas de Chávez, onde o que mais valia era a imposição de suas ideias, não importando as consequências para o país e para a população.

 

O governo da Venezuela ensaiou através de diversas declarações de Hugo Chávez o rompimento das relações diplomáticas e comerciais com os Estados Unidos, a quem o líder venezuelano, por muitas vezes, chamou de império do mal. Em alguns momentos, aparentemente por puro capricho, Caracas se aproximou de inimigos de Washington, como os governos do Irã ou da Coria do Norte.

 

Mas, o que parecia uma obsessão, muitas vezes, se traduziu em mera encenação. O que se viu, foi uma relação de dependência do país caribenho. Vale a pena destacar que de toda a produção de petróleo da Venezuela, 60% são destinados para o consumo norte americano. Por outro lado a balança comercial entre os dois países, nos últimos 10 anos, aumentou 10 vezes.

 

O novo governo da Venezuela terá que se convencer e convencer a população que pode viver após a morte de Hugo Chávez, principalmente enquanto persistir o sentimento de orfandade. Pode ser o maior desafio que a oposição enfrentará nas próximas eleições, o que confere grande possibilidade de sucesso nas urnas por parte do candidato da situação.

 

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