Com 22 anos no mercado imobiliário de Fortaleza, a Scopa Engenharia sempre atuou no mercado de luxo. Primeiro, com condomínios fechados. Depois, a partir de 2008, com incorporação. O engenheiro Vilter Magalhães, sócio fundador ao lado de Dário Barroso, explica que o segmento se define por localização dos empreendimentos e materiais empregados. Segundo ele, é um mercado que mostra mais força no atual cenário econômico adverso. O POVO - Como nasceu a construtora Scopa?
Vilter Magalhães - Eu tinha o sonho de montar uma empresa. E quando eu deixei a Petrobras, eu vim para o Banco do Nordeste para voltar para a engenharia civil, porque eu estava em engenharia de petróleo. Um dos objetivos com a volta era o de fundar uma construtora. Coincidentemente, eu encontrei meu sócio, Dário Barroso, no dia que eu tomei posse no Banco do Nordeste. Combinamos de criar a construtora quando estivéssemos perto de nos aposentar no banco.
OP – A empresa foi fundada em 1994 com o objetivo de trabalhar com condomínios fechados. Quais as especificidades dessa área?]
Vilter - A empresa compra o terreno, seja através de dinheiro ou de permuta, prepara o projeto, faz o orçamento e coloca à disposição dos clientes que vão comprar uma fração ideal do terreno dividida em parcelas. Quando o cliente terminasse de pagar a última parcela, a obra estaria pronta. A obra pertence aos condôminos e sai mais barata porque não tem o imposto do incorporador. Nós cobrávamos 12% sobre o valor da despesa de obra. Tudo incluído na prestação.
OP - Qual foi o primeiro empreendimento da Scopa como incorporadora?
Vilter - Foi o Villa Domani.
OP - Todos os empreendimentos da Scopa são residenciais?
Vilter - Não. Além do Scopa Beach, que era uma segunda moradia, temos o corporativo, Scopa Platinum Corporate, que vamos concluir no final deste ano e inaugurar começo de 2017.
OP - Como é a divisão de tarefas na empresa?
Vilter - É uma sociedade meio a meio em que o Dário cuida das obras e eu cuido da retaguarda, digamos assim. Da parte que envolve financeiro, pessoal, planejamento, vendas, marketing e toda a administração. O Dário e o Marcelo Barroso, filho dele, dirigem as obras.
OP – Por que a empresa foi para a área de incorporação?
Vilter - A mudança se deu em função das empresas de construção civil do Sudeste vieram para Fortaleza em grande número. E elas começaram a vender com prestações muito baixas e nós não podíamos fazer condomínio fechado com pagamentos dessa maneira. Condomínio fechado é muito bom para o cliente, mas envolve uma prestação maior. Para se ter uma ideia enquanto na incorporação eu posso vender em 90 meses, financiamento direto, até 100 meses. No condomínio fechado é no máximo 50 meses. É como se a prestação subisse mais ou menos o dobro.
OP - A Scopa sempre trabalhou com o segmento classe A. Qual o perfil do cliente?
Vilter - Ninguém examina a renda. Ele é um apartamento de luxo pelos materiais e locais escolhidos.
OP – Como é este mercado em Fortaleza?
Vilter - Esse segmento foi menos afetado. Pelo menos, na realidade da Scopa. Nós acreditamos que afetou menos que os populares (Classe C e D).
OP - Quais as promoções da Scopa?
Vilter - Em 2015, fizemos uma promoção para quem comprasse uma unidade, sala ou loja, ganhava uma viagem para Nova Iorque com acompanhante. Em 2016, como a gente sentiu que o mercado não teve melhorias e, já fazendo planejamento para 2017, criamos a promoção Sonho em dobro Scopa. Quando você compra qualquer produto Scopa - seja sala comercial ou apartamento - ganha cinco anos de condomínio grátis. Para realizar outro sonho como uma viagem, comprar um carro para o filho etc. Importante dizer que não envolve taxa extra ou contas de consumo (agua, luz etc). A promoção vai até o dia 11 de junho.
OP - Quantos empreendimentos a Scopa já construiu?
Vilter - Construímos 21 empreendimentos e temos três obras em andamento.
OP - Quem compra os empreendimentos da Scopa?
Vilter - O cliente que compra para morar hoje é majoritário. Representa cerca de 60% dos que compram e os 40% restantes são investidores, que compram para revender, alugar.
OP - Como o senhor avalia o mercado imobiliário hoje?
Vilter - O mercado do Ceará foi menos afetado, pelo menos no segmento luxo, porque o estoque de imóveis não era tão grande como no Sudeste.
OP - A Scopa vai lançar algum empreendimento esse ano?
Vilter - Sim. Não temos a data ainda, mas vai ser até o final do ano. Será um residencial entre Aldeota e Meireles.
OP - A Scopa financia imóveis para os clientes?
Vilter- O financiamento direto hoje não chega a 10%. A maioria dos clientes vai para os bancos.
OP - Qual o estoque da empresa?
Vilter - É muito baixo. Em torno de 20 unidades, o que não preocupa.
OP - O senhor e o seu sócio estão preparando os filhos para a sucessão na empresa para os próximos 20 anos. Quando começa esse processo?
Vilter - Nós já temos os filhos trabalhando com a gente e sendo preparados para assumir. Trabalham na empresa duas filhas minhas. A Clarissa, que é engenheira, e a Cecília, arquiteta. O Dário tem o Marcelo, que é engenheiro e trabalha com ele, e tem a Luciana que é administradora e trabalha comigo no escritório. É um projeto que não começou. No próximo ano, acreditamos que não estaremos mais em crise e poderemos pensar nisso. Não vamos abandonar a empresa, mas deixar a galera mais nova à frente. A ideia não é parar de trabalhar, mas ter mais tempo para outras coisas - lazer hobby, viajar, curtir mais a vida. Ficaremos dando apoio e suporte. Depois, vamos contratar uma consultoria.
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