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A crise econômica é sentida em todos os setores. Mas, na avaliação de André Montenegro, presidente do Sindicato da Indústria da Construção (Sinduscon-CE), e de Marcelo Miranda, diretor-executivo da Cooperativa da Construção Civil (Coopercon-CE) o mercado imobiliário em Fortaleza se destaca ante o nacional. Com ações voltadas para driblar a instabilidade na economia, a Cidade é um “ponto fora da curva”. Apesar da retração no mercado imobiliário em 2015, consideram que o setor na Capital ficou estável. Para Montenegro, esse é o melhor momento para comprar imóveis.
O POVO - Qual a avaliação para o mercado em 2015, tendo em vista a instabilidade econômica no País?
André Montenegro - O mercado ficou estável, 2015 não foi um ano fácil. Estamos construindo o que vendemos em 2014, segurando muitos lançamentos para dar uma equilibrada na lei da oferta e da procura. Então, houve bem menos lançamentos em 2015 do que em 2014.Marcelo Miranda - Isso, naturalmente, fez com que o mercado se regulasse nos preços, nos descontos, se organizasse nos preços dos terrenos, nos custos da mão de obra. Então, acho que o ano de 2015 foi um ano para se planejar, se reorganizar daqui para frente.
O POVO - Como se comportou o setor imobiliário em Fortaleza esse ano em relação ao mercado nacional?
André - Fortaleza é um ponto fora da curva. Em 2014 nós já vislumbrávamos um ano difícil em 2015. Vendemos muito bem nos anos anteriores, mas nesse ano pisamos um pouco no freio e isso fez com que as vendas não caíssem tanto como em outras capitais brasileiras. Não foi fácil, mas estamos estáveis.Marcelo - O Ceará é muito ousado e muito pé no chão. Vejo que a situação no mercado no nível nacional é muito mais difícil do que no Estado. O empresário cearense conseguiu agir mais rápido do que os do resto do Brasil.
OP - E quais foram as ações das empresas para atravessar esse momento?
Marcelo - O primeiro ponto foram os muitos lançamentos que foram segurados. E isso acho que foi o mais eficiente que as construtoras conseguiram fazer. Em muitas delas também houve política de redução de custos. As empresas chegaram mais perto das suas obras, repensaram suas estruturas de administração e estão se adaptando à nova realidade.André - As empresas fizeram muitas ações de vendas, como a participação em feirões, e também diminuíram seus estoques. O que, de certa forma, equilibrou o mercado.
OP - Se em muitas empresas houve redução de custos, isso refletiu na empregabilidade do setor?
André - Está segurando. Se você analisar que em 2014 tínhamos 90 mil empregos, e hoje temos 83 mil, levando-se em conta que as obras públicas estão quase todas paradas, esse mercado conseguiu reter essa mão de obra. Mas se realmente em 2016 não houver uma luz no fim do túnel, é claro que o número de empregos na área pode cair.Marcelo - Tivemos um momento em que houve falta de mão de obra. Agora é natural que exista uma regulação disso.
OP - Com as novas regras de financiamento que entraram em vigor este ano, como está o mercado para quem quer comprar e investir em imóveis?
André - É o melhor momento. Primeiro porque as empresas estão muito agressivas nas vendas, estão flexibilizando as entradas. Ainda há o financiamento bancário. Os bancos estão mais restritivos com os clientes, e podem restringir ainda mais, por isso esse é o melhor momento de compra.Marcelo - As construtoras estão mais próximas do cliente, mais flexíveis nas suas tabelas de preço. Algumas já fazem financiamento próprio e ainda há essa oferta de crédito dos bancos. Então o momento é o mais propício.
OP - Os preços dos imóveis tendem a cair?
André - É uma incógnita. Se a localização do imóvel for boa, não baixa o preço. Só se existir uma especulação por trás disso. Aí ele vai cair. Mas o preço de imóvel, no geral, não vai diminuir.OP - Que ações o Sinduscon e a Coopercon já estão planejando para 2016?
Marcelo - Existem, na Coopercon, alguns projetos para reforçar esse lado comercial das empresas. Há um projeto de portal de compras sendo desenvolvido, o Sistema de Estrutura Pronta. Visamos ainda mais a aproximação junto ao cooperado.André - Estamos participando da elaboração da nova Lei de Uso e Ocupação do Solo, temos ações relacionadas a nossa Universidade Coorporativa (UniConstruir) e junto aos nossos empregados da construção para melhorar a qualidade de vida. Estamos sempre atentos a qualquer ameaça para o setor.
OP - Como estão as expectativas do setor para o próximo ano?
André - Próximo ano também não será fácil. As empresas estão cientes disso e preparadas, pois temos a agilidade de diminuir e aumentar a estrutura de trabalho. Estamos fazendo análises e esperando que o País apresente alguma saída para essa crise.Marcelo - A Coorpercon está acreditando muito no ano que vem. Esse lado otimista em momentos de crise leva a repensar a maneira como a gente trabalha. Com os novos projetos, esperamos a geração de receitas, até mesmo dentro de um universo menor. A gente entende que o ano de 2016 é um ano de muita cautela, mas ainda um ano de muitas oportunidades.
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