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ENTREVISTA . LEONARDO LEAL E MARCUS MELO 14/11/2015

Para morar com segurança

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Artumira Dutra artumira@opovo.com.br
CAMILA DE ALMEIDA
Marcus Melo (e) e Leonardo Leal

Administrar condomínio não é tarefa fácil. Mas ela pode ser executada com mais qualidade com o auxílio de empresas especializadas, principalmente quando se trata de segurança. Para falar sobre isso, O POVO entrevistou Marcus Melo, diretor da Metas Administradora de Condomínio, e Leonardo Leal, sócio-diretor da Ceará Segurança. Ambas as empresas estão entre as maiores em suas áreas no Estado.

OPOVO - É impossível uma pessoa física administrar um condomínio sozinho?

Marcus Melo - Há pessoas que têm capacidade, mas o condômino como síndico é difícil. Primeiro são poucas as pessoas que têm tempo para estar dentro do seu condomínio e são poucas as que têm conhecimento geral de administração. Porque tem que entender da área trabalhista, previdenciária, jurídica. Tem que entender de gestão de pessoas e um pouco de manutenção. As empresas administradoras, dentro do seu corpo funcional, têm áreas especializadas.

OP - Quanto custa ter uma empresa administradora de condomínio ao lado?

Marcus - De um salário mínimo até cinco salários mínimos no máximo por mês.

OP - Está surgindo no mercado a figura do síndico profissional. Como funciona?

Marcus - Tem o síndico profissional pessoa física e pessoa jurídica. Mesmo assim, até os síndicos profissionais hoje contratam empresas para assessorá-los porque a maioria não faz uma folha uma folha de pagamento. O mesmo aparato que a minha empresa dá para um síndico condômino vai dar para um síndico profissional.

OP - Que orientações o senhor dá na hora de contratar uma empresa para administrar condomínios?

Marcus - O meu referencial hoje é muito o cliente interno. Quer conhecer uma boa empresa, procure o vigilante, o zelador, o porteiro. Visite as instalações da empresa, verifique a carteira de clientes, se as contribuições previdenciárias, trabalhistas e tributárias estão em dia.

OP - O senhor acha que nós estamos seguros no Ceará?

Leonardo Leal - Acho que ninguém pode se sentir seguro no Brasil em geral. Existem algumas ilhas de sossego como Florianópolis. Mas, mesmo nos locais relativamente seguros, a violência aumentou. Infelizmente, o que temos presenciado é uma elevação gradativa da criminalidade, respostas pontuais são dadas quando algo choca a sociedade e não existe uma ação que perdure e que seja conduzida de maneira consistente. Caberia, sim, ao Estado hoje fazer muito mais do que faz.

OP – O senhor considera que Fortaleza é a capital mais violenta?

Leonardo – Depende do que a gente trata por violência. A violência em Fortaleza está na periferia. O número maior de mortes ocorre na periferia. Essa violência não está distribuída de forma homogênea. Você tem alguns locais onde existe uma relativa tranquilidade. Se você não descer de cordão e relógio para a Beira Mar você vai andar tranquilo. Não temos como comparar os índices do que ocorre na Aldeota, com o que ocorre no subúrbio em termos de assassinatos. A Aldeota hoje é muito visada para pequenos crimes – muito roubo.

OP - Como funciona a contratação e treinamento de pessoal da Ceará Segurança?

Leonardo - Existe um conjunto de critérios. Um deles é um curso de qualificação profissional, que o prepara para o manuseio e porte de arma de fogo. Também levantamos certidões de antecedentes criminais e fazemos testes psicológicos. Após ingressar no quadro profissional ele é submetido a reciclagens constantes, assim como testes físicos e psicológicos anualmente.

OP - As empresas e condomínios que contratam empresas de segurança estão mais protegidos?

Leonardo - Sim. O crime muitas vezes ocorre pela oportunidade e facilidade de ser tentado. A presença do vigilante acaba sendo barreira decisiva para que o criminoso escolha outro local menos protegido.

OP - As empresas de segurança vão bem quando um Estado vai mal na área de segurança?

Leonardo - Essa afirmação só é verdade em parte. O mercado de segurança em países dados como seguros, como os Estados Unidos e a Inglaterra, por exemplo, é bem maior que o brasileiro.

OP - O que devemos observar antes de contratar uma empresa de segurança?

Leonardo - Antes de tudo, se tem autorização da Polícia Federal. E também a sua regularidade fiscal e trabalhista, assim como a tradição no mercado. Empresas de serviço costumam ter uma vida média de 11 anos apenas. Falar com os colaboradores para que digam como são tratados também é válido.

OP - A vigilância eletrônica substitui a presença humana para defender o patrimônio?

Leonardo - A segurança eletrônica é eficiente em algumas situações, mas não em todos os casos. Em alguns, tem que ser combinada a outros meios. Em várias situações a vigilância eletrônica não tem como substituir a presença humana.

OP - Segurança privada é cara?

Leonardo – Tudo que está associado à mão de obra no Brasil custa caro. Os valores oscilam para mais ou para menos em função de endereço e características individuais de cada contrato. Um segurança com carga horária de 44 horas, de segunda a sexta-feira, custa aproximadamente R$ 3.250. E um posto 24 horas com quatro seguranças trabalhando de forma ininterrupta, custa na faixa de R$ 14 mil.

OP - Que conselhos o senhor dá para quem quer proteger mais a família e o patrimônio?

Leonardo - Dentro do possível, devemos ser discretos, evitar horários britânicos, evitar pagamentos em espécie, comentários sobre padrão de vida e ostentação.

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