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O mercado imobiliário arrefeceu como consequência da menor oferta de crédito e queda no volume de compras. Mas o lado positivo é que, como já diz a lei de mercado, com menor demanda, a oferta se adequa. Ricardo Coimbra, mestre em economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), diz que nesse momento o consumidor que tem recursos sobrando tem poder para barganhar e comprar seu imóvel.
“As empresas estão parcelando entradas, tirando margem de lucro, reduzindo mesmo para ver se conseguem manter a meta de vendas. Quem tem determinado nível de recursos pode conseguir negociar com o banco. Quanto mais ele tem para negociar, maior vai ser a garantia da operação”, detalha.
A dica do mestre em economia é que se o comprador tiver cerca de 30% do valor do imóvel, ele o dê como entrada e financia a diferença com melhores condições. “Ele vai conseguir reduzir muito mais o custo com as instituições financeiras”.
Na perspectiva de Coimbra, o processo de recuperação da atividade econômica deve ficar para 2017. Com isso, o mercado imobiliário deve acompanhar os resultados esperados para os próximos anos - queda no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de cerca de 2,44% nesse ano e de 0,5% em 2016, segundo último Boletim Focus. (Beatriz Cavalcante)
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