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ENTREVISTA. CONSTRUTORAS 29/08/2015

Para aquecer o mercado

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Beatriz Cavalcante beatrizsantos@opovo.com.br
CAMILA DE ALMEIDA
Fernando Bezerra (Moura Dubeux), Camila Granja (Engexata) e João Ximenes Fiuza (Diagonal): aposta em descontos de até R$ 300 mil para vender estoques
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Para baixar os estoques desse ano, as construtoras Diagonal, Engexata e Moura Dubeux se reuniram, em parceria com a Lopes Immobilis, na Black Week Imobiliário. O evento termina amanhã, no Shopping Iguatemi, e deu descontos de até R$ 300 mil. Mas as empresas garantem, a ação é momentânea. Em entrevista ao O POVO, Camila Granja, diretora jurídica da Engexata, João Ximenes Fiuza, diretor da Diagonal e Fernando Bezerra, gerente comercial da Moura Dubex, dizem acreditar na pujança do mercado imobiliário de Fortaleza e que a tendência é de estabilização de preços.

O POVO - Para um mercado em que as empresas não gostam muito de falar a palavra desconto, os senhores se juntaram para fazer o Black Week Imobiliário, com descontos de até R$ 300 mil. Até quando vai durar esse período de preços mais em conta?

João Ximenes Fiuza, Fernando Bezerra e Camila Granja - Nesses últimos anos a gente teve uma oferta, devido ao crédito, extremamente pujante. Apesar da nossa velocidade de vendas continuar boa, a gente teve aumento de estoque. Então como em qualquer outro segmento, é comum que tenha os momentos de desconto. Mas, depois do evento, tudo volta à normalidade.

OP - Há clientes que compraram antes, sem desconto. Há uma reação por parte deles, visto que quem está comprando na Black Week Imobiliário tem desconto? Esse é um dos motivos pelo qual o mercado não gosta de falar em desconto?

Fernando - As pessoas que já compraram, anteriormente, compraram num preço bem mais baixo, escolheram as unidades e agora não tem mais unidades específicas. A gente está querendo terminar o produto. Por exemplo, tenho prédio com 370 apartamentos e faltam cinco unidades. Essas unidades eu preciso vender, porque o prédio já está pronto e essas unidades geram custo de IPTU (Imposto Territorial Urbano), de condomínio, de novas pinturas, pela manutenção.

João - São dois momentos muito bons, o preço que o cara comprou anteriormente e o preço que esse está comprando agora.


OP - Os senhores dizem que o mercado de Fortaleza é mais pujante que outros, por quê?

Fernando - Fortaleza foi uma praça que as grandes construtoras e incorporadoras do Brasil não entraram com tanta força ou nem entraram. Além disso, não temos uma empresa grande demais, temos pelo menos vinte incorporadoras de médias para grandes, que são muito sólidas. Esse é um dos motivos do nosso mercado estar fora da curva. Então o nosso mercado meio que se autorregula pela proximidade das empresas.

João - Outra coisa é que a gente teve uma burocracia da Prefeitura que ajudou as empresas de fora a não entrarem, porque era difícil aprovar. E também construção civil tem que ser empresa local, não adianta abrir no Brasil todo.


OP - O que mudou na questão jurídica, na burocracia, para aprovar terrenos, construções. Hoje está mais fácil?

Camila - Existe um projeto que eles querem que seja tudo centralizado na Seuma (Secretaria de Urbanismo e Meio ambiente), que hoje é na regional e Seuma. Mas é uma burocracia ampla e eles modificam num período de tempo curto e a gente tem que buscar se adaptar pra entregar o empreendimento com toda a documentação legal.

OP - Que questões do Plano Diretor devem haver necessariamente para alavancar o mercado? O gabarito de prédios já deveria ser maior, por exemplo?

Camila - A gente tem expectativa que modifique para melhor, para que a gente possa trabalhar com maior flexibilidade dentro dos bairros. Aprovando gabaritos maiores, o céu é o limite. Hoje você se limita ao Plano Diretor.

OP - Com quais tecnologias vocês trabalham nas obras?

Camila - Menos uso de madeira, colocamos fôrma de gesso. Existem vários materiais hoje que são considerados sustentáveis e aí cabe ao arquiteto que fez o projeto escolher esses materiais e colocar dentro do projeto.

Fernando - A gente está em um momento de certificação do selo Acqua em Salvador. A gente vai colocar em todas as futuras obras em Fortaleza também, na Aldeota. Ainda não tem nome.

João - Inovação é uma briga nossa. Quanto mais você tiver uma obra enxuta mais custos baratos você tem. Assim, a gente consegue chegar num preço mais acessível para o cliente.


OP - Em relação a novos projetos, a Prefeitura está com um de revitalizar o Centro da Cidade. A Prefeitura fazendo o trabalho dela, vocês investiriam em empreendimentos no Centro?

Camila - Talvez na parte de obras públicas seria uma oportunidade, mas na área residencial não. Nosso gancho é Aldeota, Praia de Iracema, Cocó e Guararapes.

João - Se houver investimento, plano diretor incentivando de várias formas, seja com mais índice, seja com mais altura, e dando contrapartida de estruturas, acredito que sim. O Centro é um polo muito grande gerador de negócios, a gente tem shopping no Centro, que é o Shopping Central, e gera muito negócio, não tem problema de locação, se melhorarem demais se tivesse poder público.

Fernando - O que leva as pessoas a quererem morar em determinados bairros? Segurança, estrutura. Segurança no Centro não tem, estrutura que também não é das melhores. Você vai ter que mudar muito a cara do Centro para trazer as pessoas de volta.

OP - Os preços dos imóveis chegaram no seu limite? Ou vão subir ainda?

Fernando - Acho que a gente não deve subir mais não. Os preços baixaram um pouco, mas não vai baixar mais do que isso.

Camila - Não vai voltar a ser o que era cinco, seis anos atrás.

João - Imóvel é um bem de raiz, nunca vi ninguém perdendo dinheiro com imóvel. Acredito que os preços vão subir por um tempinho mais não vai como subiu de 2010 para cá.

Multimídia

Leia a entrevista

completa em http://bit.ly/1NDrTID


Entrevista no programa Mercado Imobiliário, na rádio

http://bit.ly/1EnO0Qy

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