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Granja 09/03/2013

Ex-PM e empresário abasteciam quadrilha de traficantes em Granja

Um ex-sargento e um dono de posto de combustíveis estão entre os 26 presos acusados de tráfico de drogas em oito cidades, incluindo Fortaleza. Um jovem também foi apreendido. R$ 13 mil, 17 veículos, um revólver, 13 quilos de crack e maconha foram encontrados com eles
BRUNO DE CASTRO
Polícia Civil apresentou ontem o material apreendido com a quadrilha. Prosseguem as buscas pelos quatro foragidos e outras frentes de ação serão realizadas em mais cidades
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Um ex-policial militar e um empresário do ramo de combustíveis abasteciam a quadrilha de tráfico de drogas desarticulada pela operação “Depurare” na cidade de Granja (Zona Norte do Ceará), na noite da última quinta-feira, 7. A informação foi divulgada ontem pelos órgãos envolvidos na operação: Delegacia de Narcóticos (Denarc), Ministério Público do Estado (MP/CE) e Promotoria do município.


Na ação, um adolescente foi apreendido e 26 pessoas foram presas, cinco das quais de uma mesma família paraense, acusada de gerenciar o comércio de entorpecentes na região. Mais quatro integrantes estão foragidos. Outras frentes de ação serão realizadas pelos três órgãos.


Os perfis dos primeiros detidos foram divulgados ontem, em coletiva a imprensa. Quase todos tinham passagem pela Polícia. Parte da maconha e do crack vendidos em Granja por Antônio Nilson do Amaral de Sousa, o Júnior Roco, vinha de Fortaleza, segundo as investigações. O ex-sargento José Erisbelto de Aguiar Monteiro, conhecido como Nenem, é acusado de fornecer os produtos. O militar foi expulso da PM justamente por tráfico. Chegou a ser preso em 2004, mas estava em liberdade.


Roco é apontado como o líder do bando de Granja, ao lado do irmão, Adriano do Amaral de Sousa, o Didi. A mãe, Hilda Francisca do Amaral de Sousa, a Hilda Furacão, é acusada de esconder dinheiro e armamento numa casa a 40 km da cidade. Conforme as investigações, Roco também recebia apoio da irmã Antônia Bruna do Amaral de Sousa e do irmão Adeilson do Amaral de Sousa.


Já a cocaína comercializada por Roco e Didi teria origem em Novo Oriente. O esquema funcionava assim, segundo a Polícia: Antônio Marcelino do Nascimento Filho, o Careca, recebia entorpecentes do patrão, o empresário José Aroldo Ximenes Coutinho, e repassava-os aos irmãos, que mantinham um comércio como fachada. Aroldo tem duas passagens pela Denarc (2004 e 2007) e uma pelo extinto Carandiru (SP).


Segundo o titular da Denarc, delegado Pedro Viana, Roco revendia droga para pelo menos quatro municípios cearenses: Barroquinha, Camocim, Tianguá e Jijoca de Jericoacoara, onde o acusado de chefiar o tráfico no município - Façanha Torres da Cunha - foi preso. Outras localidades estão sendo investigadas.


Roco teria contado com o apoio de assaltantes de bancos e até de um padeiro camocinence. Ele responde por dois latrocínios. “O Roco era muito temido. Mandava e desmandava em Granja. A população comemorou (a prisão). E ele também traficava armas. Mas a quadrilha tem mais do que esses presos”, cita Viana.

 

ENTENDA A NOTÍCIA


As investigações da Polícia Civil duraram cinco meses e iniciaram por provocação do MP/CE. As prisões foram efetuadas em Fortaleza, Itarema, Jijoca de Jericoacoara, Granja, Camocim, Barroquinha, Tianguá e Novo Oriente.

 

Saiba mais

 

Os presos: José Batista Maia (Amnésia), Daniel Benício Meneses (Niel), Jadson Rafael de Lima (Rafael Pernambuco), José Erisbelto de Aguiar (Nenem), Elinardo Ferreira da Silva (Pica-pau), Ramilson Geovane Pereira (padeiro de Camocim), Antônio Nilson do Amaral (Didi), Antônio Marcelino do Nascimento Filho (Careca), Erilene de Sousa Ferreira (Leninha), Samara Custódio da Costa, Antônio Leandro Monteiro da Costa, André Luís Ferreira, Façanha Torres da Cunha, José Aroldo Ximenes, Antônia Bruna do Amaral de Sousa, Rosemery Ferreira da Rocha, Adeilson do Amaral de Sousa (Capote), Márcio Sales de Moraes (Mocó), Maria do Livramento Tomaz (Menta), Benedito Clementino (Gordo), Hilda Francisca do Amaral de Sousa (a Hilda Furacão), Manoel de Jesus Pinto (Régis Raposo), Carla Rachel Ribeiro, José Wellington de Freitas (Pivete) e José Geovani de Freitas (Chumbo).

 

O nome do jovem não é revelado em cumprimento ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

 

Serviço

Denúncias de tráfico de drogas podem ser feitas em dois canais

Ciops: 190

Denarc: 3101 7359

 

Números


27

pessoas foram detidas por envolvimento na quadrilha chefiada por Roco. Dentre elas, um adolescente de 17 anos.

 

R$ 2 mi

foram movimentados na conta do empresário preso. Segundo a Polícia, ele enviava droga de Novo Oriente para Granja por um empregado do posto de gasolina do qual era dono.

 

Os líderes


José Erisberto. Ex-PM, acusado de comprar droga em Fortaleza e revender para Roco, em Granja.


José Aroldo. Dono de posto de gasolina e madeireira, acusado de repassar cocaína de Novo Oriente para Granja.


Júnior Roco. Acusado de chefiar o tráfico em Granja. Segundo a Polícia, tinha um comércio de fachada e contava com o apoio de três irmãos e da mãe.

 

Bruno de Castro brunobrito@opovo.com.br
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espaço do leitor
Negreiros 09/03/2013 14:29
Criminosos. Cadeia neles !
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