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A brisa fria avisa: já é hora da empresária Priscila Belchior, 27, encerrar o passeio de fim da tarde com o pequeno Nicolas, de 4 meses. Sob a sombra das árvores que são vizinhança no bairro Edson Queiroz, Priscila e o filho caminham todos os dias. “O verde faz parecer interior. A gente acorda ouvindo os pássaros. Tenho esse privilégio”, sorri.
Dois anos atrás, Priscila escolheu morar onde o filho teria mais possibilidade de crescer em contato com a natureza. “Ele vai poder brincar e correr”, projeta. E ela escolheu corretamente: o Edson Queiroz é o bairro com maior área verde de Fortaleza. São 9,2877 quilômetros quadrados (km²) de vegetação que dão ao bairro belas paisagens e um silêncio quebrado esporadicamente pela passagem de carros. Proporcionalmente ao próprio território, é o Pedras que tem maior percentual de vegetação (72,58%). Os dois estão na regional com mais verde: a VI, com 48,9% da área.
Em toda a cidade, são 91,97 km² de vegetação, entre áreas públicas e particulares. Isso significa que 29,15% do território fortalezense é coberto de verde. Os dados, que não incluem os bairros da Regional V, fazem parte do Mapeamento das Áreas Verdes do Município de Fortaleza, elaborado pela Universidade Estadual do Ceará (Uece) a pedido da Secretaria do Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam). O documento foi apresentado ontem.
De acordo com a coordenadora do mapeamento, professora Maria Lúcia Brito, os números da Regional V ainda não foram completamente contabilizados. Mesmo assim, ela avalia como “considerável” a cobertura vegetal de Fortaleza. “O percentual que a gente encontrou é excelente pra uma área urbana. O que acontece é que há uma má distribuição das áreas verdes”, considera.
Como o mapeamento é o primeiro estudo detalhado sobre o tema feito na Capital, não há como afirmar se há crescimento ou encolhimento do verde. O ambientalista João Saraiva, porém, pondera que basta observar o crescimento sem planejamento e a ocupação da cidade para perceber uma perda de vegetação. “Esse nível (de 29,15% de cobertura) já está num processo de colapso. Para padrões internacionais, são índices bastante preocupantes”, diz, lembrando que o percentual considera também as áreas privadas.
Para o ambientalista, o estudo deve servir para que gestores e sociedade se mobilizem, cuidem e recuperem o que ainda temos, estimulando a arborização.
Futuro
O mapeamento arbóreo lançado ontem deve ser base para pesquisas e ações do poder público. A partir de janeiro, cita o titular da Semam, Adalberto Alencar, as análises para concessão de alvarás de construção e licenciamento ambiental já deverão ser feitas considerando as peculiaridades da área visada. “Temos informações para o planejamento, defesa ambiental, licenciamento ambiental, estudos. As informações são únicas e o nível de detalhamento é tão grande que elas vão nos servir pelos próximos dez anos”, vislumbra.
“Você vai fazer o estudo de impacto ambiental muito mais preciso e relacionado aos ecossistemas daquele bairro, daquela rua”, projeta Adalberto Alencar. O secretário cita ainda que, se análise do tipo for feita de forma periódica, haverá sempre dados precisos da cobertura vegetal de Fortaleza.
ENTENDA A NOTÍCIA
De fevereiro a outubro, os pesquisadores da (Uece) estudaram 1.220 fotos de satélite de toda a cidade. Desde as árvores dos canteiros centrais às plantadas nos quintais, toda a cobertura verde foi contabilizada.
Multimídia
O Mapeamento arbóreo de Fortaleza é o Tema do Dia na cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO. Confira:
Para escutar: Na rádio O POVO/CBN (AM 1010 e FM 95,5), o tema será discutido no programa Grande Jornal, das 8 às 11 horas, e/ou no programa Revista O POVO/CBN, das 15 às 17 horas.
Para ver: A TV O POVO trará uma matéria sobre o tema no O POVO Notícias, às 18h30min. Assista à programação pelo canal 48 (UHF), 23 (Net) e 11 (TV Show). Veja o vídeo na página da TV O POVO no Youtube.www.youtube.com/user/tvopovo.
Para ler e opinar: acompanhe a repercussão entre os internautas na página do O POVO Online no facebook (www.facebook.com/ OPOVOOnline ) e no portal O POVO Online (www.opovo.com.br/fortaleza).
Saiba mais
Total de área verde nas regionais:
Regional I: 18,20%Regional II: 30,74%
Regional III: 22,90%Regional IV: 23,63%
Regional V: não contabilizadoRegional VI: 48,90%
Regional do Centro: 2%Para o estudo, foram consideradas as coberturas verdes nas imagens. A partir dele, segundo o secretário Adalberto Alencar, deve ser feito inventário das árvores da cidade, considerando idade, espécie e situação. A partir disso, poderia ser elaborado um cronograma de podas.
Foram incluídas também no estudo, além dos verdes particulares (como os jardins), áreas livres, mas que tenham projeção de arborização, como campos de futebol, e áreas verdes recuperáveis.
Números
18,48%
do território da Capital é Área de Proteção Permanente. Algumas estão devastadas.
2%
é o percentual de cobertura vegetal da Regional do Centro. É a com menor território verde.
48,9%
é o percentual de cobertura vegetal da Regional VI. É a que tem maior território verde.Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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