[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive]
A Universidade Federal do Ceará (UFC) decidiu que, para a seleção de 2013, serão reservadas 12,5% das vagas em cada curso para estudantes de escolas públicas, o que totaliza 789 candidatos (de um total de 6.308). O percentual é o mínimo previsto na Lei de Cotas, que foi aprovada em agosto deste ano pelo Congresso Nacional.
A decisão da UFC tem como novidade a reserva de 80% das vagas das cotas para estudantes com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo. Pela lei, o percentual deveria ser de 50%. “(Isso é) para beneficiar os estudantes pobres”, afirma o reitor Jesualdo Farias.
Na avaliação da universidade, grande parte dos alunos de escolas públicas se encaixa no perfil de baixa renda. Assim, muitos estudantes disputariam metade das vagas e poucos se encaixariam na outra metade, o que geraria distorções no acesso à universidade.
O problema é que, para o novo critério valer já no próximo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o Ministério da Educação (MEC) terá de fazer ajustes operacionais, pois o sistema está programado para preencher 50% das cotas pelo critério socioeconômico. Jesualdo Farias informa que o MEC já foi procurado, mas ainda não há prazo para uma resposta. Vale lembrar que as vagas reservadas para as cotas também terão de ser distribuídas entre negros, pardos e índios, respeitando a divisão por raça no Ceará no Censo Demográfico de 2010 do IBGE.
Tumulto e quebra-quebra
A palavra final sobre a aplicação da Lei de Cotas ficou sob responsabilidade do reitor Jesualdo Farias, após a invasão do prédio da reitoria por estudantes secundaristas e integrantes do movimento “Cotas Já”, na manhã de ontem. A reunião do Conselho Universitário (Consuni) foi suspensa e um grupo de 27 conselheiros assinou um documento autorizando o reitor a tomar a decisão ad referendum (sem a necessidade de votação do Conselho).
A manifestação pedia a implantação imediata de 50% das vagas para os cotistas. Os estudantes forçaram a entrada no prédio da Reitoria, quebrando portas, janelas, computadores e lixeiras. Depois, eles subiram as escadas que dão acesso à sala do Consuni, que também teve a porta quebrada. O estudante do curso de Cinema e Audiovisual da UFC, Gustavo Mineiro, estava na reunião e foi até o saguão pedir calma aos estudantes.
“Deu para ouvir a porta quebrando e deduzimos o que estava acontecendo. O reitor disse que daquele jeito não daria para continuar”, comentou o estudante. Com a mediação do estudante da UFC, o local foi desocupado.
O reitor Jesualdo Farias disse que a Polícia Federal foi acionada para investigar o caso. “Nunca aconteceu uma manifestação dessa natureza na universidade. Jogaram processos no chão, arrombaram armários com processos importantes, danificaram equipamentos e criaram um pânico na universidade”. O levantamento dos estragos ainda está sendo feito.
ENTENDA A NOTÍCIA
A Lei de Cotas foi aprovada em agosto pelo Congresso Nacional e prevê que 50% das vagas de instituições federais de ensino superior sejam destinadas a estudantes de escolas públicas. Porém, universidades têm até 2016 para atingir o percentual.
Fala, internauta
Gente, não é assim que se resolvem as coisas, isso suja a imagem de nós estudantes.
(Pedro Farias)
Começaram muito bem, depredando a futura faculdade deles.
(Israel Gurgel)
Concordo com o protesto, mas precisava ter feito isso?
(Ranniery Lima)
Foi um erro eles terem depredado a Reitoria antes do fim das negociações, mas nenhum movimento social se faz no bate-papo, na conversa fiada; se faz no sangue, nas mortes da classe operária. A história está aí pra ser lida, refletida e comprovada. (Lima Júnior)
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016