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O POVO - O que mudou ao longo dos anos em relação às ruas de Fortaleza?
Márlio - Antes da Lei Orgânica, o vereador entrava com um projeto de lei propondo denominar uma rua com o nome de fulano de tal. Mas os projetos de lei eram mal redigidos, mal feitos, eram mal direcionados. Esta nova Lei Orgânica acabou com isso: centralizou a decisão e exige que venha um histórico da pessoa. Exige que se traga um histórico para dizer o que se fez para merecer e também tem que dizer onde está a rua. Aí vem um croqui para dizer onde é que está.
O POVO - O que o senhor achou da nova lei 109/2012?
Márlio - Achei importante. Primeiro, porque estabelece critérios e corrige distorções, como a localização da rua. Ela vem ordenar uma situação caótica e que está levando cada vez mais a complicar o quadro cartográfico de Fortaleza. A Magaly (Marques) deu um primeiro passo importante. Com essa Comissão de Toponímia é que vão ser corrigidas distorções que por acaso tragam. Mas ainda há coisas dúbias e essa Comissão vai adequá-la à nossa realidade. Cada rua é um caso diferente.
Márlio Falcão, ex-chefe do departamento regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Tem seis livros publicados, dentre eles um dicionário de toponímias
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