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Um confessa pilotar pela calçada, quando está com pressa. Outro “costura” o trânsito -e quando sai por perto de casa, não usa capacete. Um outro motociclista diz andar, às vezes, acima do limite de velocidade e avançar o sinal vermelho.
Atitudes de desrespeito às leis de trânsito, somada à grande quantidade de veículos nas ruas, podem colocar a vida do motociclista em risco.
No ano passado, conforme O POVO mostrou ontem, foram os motociclistas os que mais morreram no trânsito. Das 2.091 mortes, 761 foram de motociclistas (36,39%).
Para preservar vidas, especialistas acreditam que é fundamental reforçar a educação. “A gente precisa pensar o espaço público de forma coletiva e não tomar decisões que privilegiem apenas o ‘eu’”, avalia a pesquisadora em mobilidade urbana do curso de psicologia da Universidade Federal do Ceará (campus de Sobral), Gislene Macêdo.
Para ela, se os motociclistas conhecessem melhor o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e passassem a respeitá-lo, muitos acidentes já seriam evitados. “Se o motociclista começasse a não usar os cantinhos das vias, não subir a calçada para desviar do engarrafamento, usar o capacete, o trânsito poderia ser diferente”, apontou.
A diretora do Instituto de Mobilidade e Educação Plano (Imep), Maria da Penha Pereira, critica também a formação dos motociclistas. “Por mais que ensine a se equilibrar na moto, a fazer o ‘oito’, quem pilota vai aprender realmente com o tempo, no meio do trânsito. A formação não é suficiente para que ele saia sabendo pilotar”, esclarece. Segundo o Detran, para conseguir habilitação da categoria A (necessária para dirigir moto), a carga horária é igual à de outras categorias: 45 horas de aulas teóricas e mais 20 de aulas práticas.
Para o presidente da Federação de Motoclubes no Ceará, Jaime Ferreira, é necessário também fiscalizar e punir para prevenir os acidentes e a mortalidade. “Existem tantas leis e, se fossem executadas, o trânsito fluía excelente.” Ele faz ressalvas à forma atual de punição: “Você paga e está livre”. Ferreira defende que, se for reincidente, o motociclista deveria, além de pagar a multa, fazer um curso de reciclagem. Se não fizesse, perderia todos os direitos de pilotar.
O presidente da instituição ressalta que a educação no trânsito deve começar ainda na escola. “Tem que trabalhar com as crianças, explicando princípios básicos do trânsito. Moto só na rua, ultrapassagem só pela esquerda... Para formar uma geração diferente. Os adultos são bem mais difíceis”, ensina.
Durante três dias, O POVO tentou contato com o Sindicato das Autoescolas do Ceará para comentar a formação dos motociclistas. Nenhuma das tentativas obteve sucesso.
ENTENDA A NOTÍCIA
Os motociclistas foram os que mais morreram no trânsito em 2011 no Ceará. Para reduzir a mortalidade, os especialistas apostam na educação e na mudança de atitude. Poder público pretende reforçar fiscalização nas ruas
Dicas
1. Use sempre capacete.
2. Guie com farol aceso, mesmo durante o dia.3. Não costure o trânsito entre veículos em movimento.
4. Ocupe adequadamente seu espaço nas ruas e nunca divida a mesma faixa com outros veículos.5. Nunca transite no acostamento, calçadas ou canteiros divisores da pista.
6. Nunca pilote depois de beber.7. Ande com apenas uma pessoa na garupa da moto.
8. Não confie exageradamente em sua habilidade.
761
É o número de motociclistas que morreram em acidentes em 2011
Multimídia
O aumento de mortes no trânsito foi o Tema do Dia de ontemPara escutar – Na rádio O POVO/CBN (AM 1010), o tema foi assunto do Grande Jornal. http://bit.ly/KnSgi9Para ler e opinar – Acompanhe a repercussão na página do O POVO Online no facebook (http://on.fb.me/MojbNI) e no portal O POVO Online
Resumo da série
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