[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Congresso avalia reforma psiquiátrica | Fortaleza | O POVO Online
Saúde 08/06/2012

Congresso avalia reforma psiquiátrica

Os avanços e as dificuldades da reforma psiquiátrica, que completou dez anos em 2011, serão avaliados pelos profissionais reunidos no evento. O III Congresso Brasileiro de Saúde Mental prossegue até amanhã
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FOTO: GABRIEL GONÇALVES
O presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental, Paulo Amarante, diz que é preciso ampliar leitos em hospitais gerais

A reforma psiquiátrica, que teve início em 2001, após aprovação da Lei 10.216, trouxe mudanças na estrutura do atendimento em saúde mental. O modelo de “asilar” as pessoas e afastá-las da sociedade passou a ser considerado obsoleto. Com isso, nos últimos dez anos, muitos hospitais psiquiátricos fecharam e o atendimento foi transferido, principalmente, para os Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

 

A mudança é comemorada por boa parte dos profissionais, no entanto, eles reconhecem que ainda é preciso avançar para colocar a reforma psiquiátrica em prática. O tema é destaque no III Congresso Brasileiro de Saúde Mental, que começou ontem e prossegue até amanhã, no Centro do Convenções.


“A saúde mental cresceu, mas ainda precisamos de dispositivos para melhorar a qualidade de vida”, ressaltou a professora da Universidade Estadual do Ceará (Uece), Salete Bessa, presidente do congresso. No Ceará, segundo ela, é necessário aumentar a quantidade de Caps com leitos e de hospitais gerais que atendam emergência psiquiátrica.


“Os hospitais psiquiátricos estão fechando. Mas não está havendo retorno dos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde) para abertura de novos leitos em hospitais gerais”, denunciou. O presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme), Paulo Amarante, reconheceu que a reforma psiquiátrica ainda caminha a passos lentos em todo o Brasil.


Segundo ele, há apenas 1.800 Caps no País, quando o necessário seriam cinco mil. Alguns deveriam funcionar 24 horas. Amarante ressaltou também que existem menos de dois mil leitos para psiquiatria nos hospitais gerais do Brasil. E há mais 800 residências terapêuticas, que cuidam daqueles que foram deixados pela família. “Precisamos ampliar”.


Ontem, o médico psiquiatra Jackson Sampaio, reitor da Uece, abriu o congresso com uma palestra sobre a evolução de termos ligados à saúde mental. A palavra loucura, exemplificou Sampaio, vem do senso comum. Mas, nos séculos XVIII e XIX, foi usada com frequência pela comunidade científica. “A palavra foi depois recusada pela psiquiatria e psicanálise e voltou a ser largamente utilizada no senso comum”.

 

ENTENDA A NOTÍCIA


O III Congresso Brasileiro de Saúde Mental é uma realização da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme). Avaliar os dez anos de reforma psiquiátrica no Brasil é o principal objetivo do evento.

 

Serviço

Congresso

Quando: 7 a 9/6 (as inscrições já estão encerradas)

Onde: Centro de Convenções (av. Washington Soares, 1141).

Outras informações: congresso2012.abrasme.org.br

 

Gabriela Meneses gabrielameneses@opovo.com.br
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