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Depois de um mês sem ver a chuva cair, Kelly Cristina diz que se admirou com a precipitação registrada ontem. Ela enfrentou, a pé, as ruas alagadas do Centro para chegar ao trabalho. “Incomoda muito, porque estou acostumada com o sol forte”, afirma. Desde as 2 horas de quarta-feira até as 8 horas de ontem, choveu 102,6 milímetros, de acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A medição é do posto do Castelão. Esse foi o segundo maior registro do ano - o maior foi em 27 de março, com 197,5 milímetros.
Não era registrada uma chuva forte assim desde o dia 22 de abril, quase um mês atrás. Mesmo sem guarda-chuva, Renata Celeste continuava o caminho tentando se proteger da chuva que continuava a cair fina no início da manhã. “Eu achava que ia parar logo, mas parece que ainda vem mais”, confessa ela, notando o céu nublado. Para quem anda de carro também foi complicado. “O trânsito já é ruim, e com essa chuva piora ainda mais”, reclama Kléber Oliveira. Um carro quebrou em alagamento na avenida José Bastos.
No cruzamento das ruas Barão do Rio Branco e Pedro I, no Centro, os pedestres têm de parar para descobrir o melhor jeito de passar: o alagamento torna quase impossível não se molhar. Luciano da Silva, vendedor de sanduíches no local há oito anos, diz que a situação já é velha conhecida. “Sempre foi desse jeito, mas tem dias que é ainda pior, chega no joelho”, conta. No local, uma obra do Programa de Transporte Urbano de Fortaleza (Transfor) recupera a drenagem desde o dia 21 de abril. “Espero que melhore, mas a gente só vai saber quando terminar”, comenta Luciano.
O alagamento também chega a outro ponto da cidade. Francisco Freitas enfrenta a avenida José Bastos tomada por água. “Tem que comprar um barco para passar aí, porque sempre fica essa lagoa”, reclama. A situação, ele conta, sempre traz muitos transtornos. “Já empurrei muito carro quebrado aí”, aponta Celito Moraes, que trabalha em frente ao ponto alagado. O mau cheiro do esgoto transbordado é outro problema da época de chuva.
Abaixo da média
A expectativa da Funceme, desde o início do ano, era de chuvas abaixo da média, segundo a meteorologista Cláudia Rickes. A chuva grande registrada ontem, ela explica, é um fenômeno comum na pós-estação chuvosa, conhecido como distúrbio de leste. “É natural que isso ocorra entre os meses de junho e julho, mas pode se adiantar”, destaca.
Desde o dia 1º de janeiro, a precipitação média registrada na Capital foi de 343,6 milímetros, pouco mais da metade da estimativa da fundação. “Ainda é possível que esse quadro melhore nos últimos dias de maio, mas não deve ser o suficiente para chegar a 685,4 milímetros”, ela adianta. Mesmo após o fim da estação chuvosa, em 31 de maio, ainda podem ocorrer chuvas pontuais no Estado. “Até agosto pode ser que ainda ocorra chuvas, mas não é possível prever a intensidade”.
ENTENDA A NOTÍCIA
A última chuva acima de 15 milímetros registrada na Capital aconteceu no dia 22 de abril. Um mês depois, a segunda maior precipitação do ano pegou o fortalezense de surpresa. Alagamentos foram sentidos em vários pontos da cidade, trazendo transtornos. A maior chuva deste ano foi em 27 de março, quando foram registrados 197,5 milímetros.
Saiba mais
Média mensal registrada nos postos da Funceme
Postos: Fundação Maria Nilva Alves, Castelão, Pici, Messejana, Defesa Civil
Janeiro
Média normal: 148,39 mmMédia observada: 54,15 mm
Fevereiro
Média normal: 155,41 mmMédia observada: 175,94 mm
Março
Média normal: 305,75 mmMédia observada: 368,22 mm
Abril
Média normal: 366,44 mmMédia observada: 91,74 mm
Maio
Média normal: 210,1 mmMédia observada (até ontem): 20,5 mm
Nenhuma das médias normais conta com os dados do posto da Defesa Civil. As médias observadas de janeiro e maio também não.
Durante a chuva de ontem, a Defesa Civil registrou 11 ocorrências de alagamento, três desabamentos, dois incêndios, cinco inundações e 15 riscos de desabamento.
FONTE: Funceme
Serviço
Defesa Civil de Fortaleza
Telefone: (85) 3066 2327 / 3066 2329
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