Divaldo Franco
Face ao comportamento atropelado que a atualidade impõe às suas vítimas, angustiadas pela pressa e devoradas pelo consumismo, a solidariedade vem sendo substituída pela soledade.
Os pequenos grandes gestos de amizade e os que representam a delicadeza no trato, vêm desaparecendo, dando lugar à cultura do egotismo e do desinteresse pelo próximo. O outro é um estranho que não merece um sorriso nem um auxílio, mesmo quando o solicite.
Semblante carregado, quase agressivo, é a máscara fixada na face da grande maioria das criaturas em uma atitude defensiva, demonstrando que não se está disposto nem ao relacionamento nem, muito menos, à convivência fraternal.
A comunicação virtual tem engessado as criaturas nos seus instrumentos de trabalho e de divertimento, de relação e de afetividade, tornando-as silenciosas, aparentemente autossuficientes, contentes com a distância aos demais imposta pelo aparelho, assim permitindo que cada qual viva no seu universo, sem a intromissão do seu próximo.
Esse comportamento tem sido responsável pela solidão cada vez maior e pelo esvaecimento das afeições, enregelando os seres que necessitam de calor humano, de vida, de convivência.
Nos momentos inevitáveis das aflições que a todos alcançam, o desespero transforma-se em angústia por falta de coração que possam ser solidários, oferecendo-se e também contribuindo com palavras de conforto e de amizade, que sustentam nos momentos graves do trânsito carnal.
As máquinas oferecem mensagens frias adrede programadas, o que as torna incapazes de substituir as pessoas junto ao leito de dor ou simplesmente ao lado com o sentimento solidário, demonstrando que as amam.
Essa frieza estende-se ao universo do trabalho, no qual, os indivíduos também se transformam em máquinas que se desincumbem dos compromissos padronizados, onde não existe amizade nem consideração. Cada qual é valorizado pelo que produz, favorecendo a sua empresa ou aquela onde trabalha, com o máximo ao seu alcance, até quando é descartado, sem nenhuma consideração, por qualquer problema, especialmente na área de lucro.
Não é de estranhar que aumentem assustadoramente os transtornos de comportamento, de depressão, do distúrbio do pânico, dos suicídios... Cada vez mais avolumam-se a carência afetiva e os prazeres desgastantes, em mecanismos de fuga da realidade para a morbidez da ilusão.
Parecer, em tal cultura, é muito mais importante do que ser, e as pessoas são avaliadas pelo êxito externo e não pela sua realidade interior. Em consequência, a disputa pela posse torna-se insuportável, impondo-se como fundamental a uma vida feliz, mesmo que somente na superfície.
Volve à simplicidade, aos gestos singelos de simpatia, às comunicações através dos sorrisos e das palavras afáveis.
Desconecta-te da fórmula exterior de apresentação e assume a tua autenticidade, mantendo o comportamento ético responsável pela presença da amizade e da simpatia.
Sê solidário com o teu irmão, com todos os seres sencientes e com a Natureza.
A mudança do mundo de sofrimento para o de amor e paz começa quando inicies a tua transformação para melhor. Não contes com as alterações que possam ocorrer nos outros, mas preocupa-te com as tuas próprias conquistas, avançando no rumo da plenitude.É possível viver-se plenamente dentro das lições do Evangelho, que são as mais apuradas páginas éticas da humanidade.
No seu tempo São Francisco conseguiu ser o mais belo imitador de Jesus.Esta é a tua oportunidade para fazeres o mesmo. Inicia o teu novo tempo, com as bênçãos da solidariedade que esparzirás pelo caminho que estejas percorrendo.
Joanna de Ângelis (Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco em 20/2/2014 em São Francisco (EUA)
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