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Maria Alacoque de Lima Pereira
O título deste trabalho nada tem a ver com transações comerciais. Tampouco trata de lucros ou de empresas de compra e venda. Os negócios também fazem parte de nossa espiritualidade se acatarmos os sábios ensinamentos de Samael Aun Weor (Colômbia – 1917 – 1977) criador do Movimento Gnóstico Cristão Universal.
Negócios são trocas, também são promessas, são compromissos assumidos com as divindades. No nosso viver diário devemos fazer trocas, fazer negócios com os seres divinos. Ao trocar, recebemos de volta tudo o que devemos a outrem. Trocar é, pois, negociar.
Durante minha infância vivida em Jardim, ouvia diariamente os estrondos dos
fogos de artifícios que ressoavam na Serra do Cruzeiro, no sopé da Chapada do Araripe, a poucos quilômetros da cidade. Do quintal de minha casa avistavam-se minúsculas figuras humanas, homens e mulheres simples, que iam rezar aos pés do cruzeiro, encravado no alto da serra e ali pagarem suas promessas.
O mestre Aun Weor conta em uma de suas obras que, nesta existência, teve uma linda filha que caiu gravemente enferma quando criança. Consultados os melhores médicos de seu país de origem sem conseguir êxitos, caiu em profunda tristeza pela perda iminente da filha. Foi então que o grande avatar da Era de Aquário suplicou com toda a sua alma e o seu coração à sua mãe interna e aos mestres da Justiça Divina a cura de sua filha. Em troca prometeu, se atendido fosse, a divulgar a Gnose entre toda a humanidade e em todos os países onde fosse aceita. A filha ainda hoje vive e o mestre escreveu mais de 100 livros em diferentes idiomas, cujos princípios defendidos estão espalhados em 40 países, inclusive o Brasil.
Em Lucas, 11-4, nos deparamos com uma promessa. “E aconteceu que estando orando em certo lugar, quando acabou, disse-lhe um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar assim como João ensinou a seus discípulos. E Jesus lhes disse: quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome. Venha a nós o teu reino. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. E perdoa-nos os nossos pecados, pois que nós perdoamos a todo o que nos deve.”
Neste texto bíblico, Jesus ensina os seus discípulos a negociar: nós perdoamos a todo o que nos deve se tu perdoares os nossos pecados.
Santa Margarida Maria Alacoque, religiosa francesa que viveu no século 17, quando orava dialogava com o próprio Cristo. Certa vez teve uma visão do Coração de Jesus que lhe mostrava o coração ferido pelos pecados da humanidade. Através dela prometeu que todo aquele ou aquela que comungasse durante nove meses, por ocasião da primeira sexta-feira de cada mês, não morreria sem confissão.
No Brasil, durante o século 20, a promessa feita à religiosa foi aceita e praticada através do culto ao Coração de Jesus. Quem de nós, os que passaram dos 60 anos, não se recorda das aulas de catecismo onde se aprendiam as obras de misericórdia? Quando criança tínhamos que decorá-las. Estavam ali condensados os princípios básicos do cristianismo: dar de comer a quem tem fome; dar de beber a quem tem sede; vestir os nus; curar os enfermos e assim por diante. É bom ser bom, diz a canção popular. Faz bem à alma e ao coração.
Faz boas obras para que pagues tuas dívidas. Quem não faz boas obras, quem não tem com que pagar, deve pagar com dor. Quem tem capital com que pagar, paga e se sai bem nos negócios. (O mistério do áureo florescer – página: 148 – Samael Aun Weor).
Maria Alacoque de Lima Pereira é advogada, professora, aposentada e integrante do Movimento Gnóstico
do Ceará
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