Na casa de muitos cearenses tem sempre aquela receita que passa de geração em geração fazendo a alegria das festas de família. Daquelas que para os de fora se diz os ingredientes, mas nunca o ‘segredinho’ que faz toda a diferença. Na família de Sérgio Ribeiro era o molho de pimenta caseiro, que ele aprendeu com a mãe, dona Luzia, que fazia sucesso. Fez tanto que acabou virando um negócio.
No início, há 12 anos, o molho era apenas um ‘coadjuvante’ na lanchonete que ele tinha na rua Frei Mansueto, onde servia, em algumas ocasiões, pratos regionais como panelada e sarrabulho. Mas, aos poucos, começaram a surgir interessados em encomendar o molho para levar para casa. “O consumo era grande, começou o boca a boca, as encomendas cresceram e eu decidi mudar de ramo”.
O produto ganhou marca: Vó Luzia, em homenagem à mãe. E hoje são produzidos cerca de três mil vidrinhos de molhos de pimenta por semana e que já têm destino certo: os mais de 200 restaurantes e lanchonetes de Fortaleza para onde ele fornece o produto. A receita inicial ganhou novos ingredientes e pode ser encontrada em três versões: natural (com pimenta tabasco e malagueta), de leite (com pimenta tabasco) e a verde (condimentada com tempero de ervas finas, gengibre e alho). Para Sérgio, o que diferencia o produto dos demais molhos industriais que já estão no mercado é justamente o toque artesanal, o sabor de que é feito em casa. “Hoje já tem muito molho industrial que é bom, mas às vezes só tem ardência, não tem aquele paladar saboroso que faz a diferença”.
Mas não se engane: o toque de “feito em casa” se restringe à receita. Ele diz que, como em qualquer ouro negócio, este é um ramo que precisa de profissionalismo e ficar atento às tendências de mercado. Negociar bons preços com fornecedores comprando em quantidade, sem descuidar da qualidade da matéria-prima, é o que faz o preço do produto final ser mais competitivo. E para oferecer um plus a mais, também começou a investir na personalização dos produtos, oferecendo o vidro de molho já com o rótulo com a marca do cliente e o selo da Vó Luzia.
Ele diz que mesmo na crise, o mercado está bom para o segmento e já pensa em expansão. “Cearense gosta de pimenta, no churrasco, nas comidas regionais, é algo que não pode faltar nos restaurantes”.
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