Ceará 26/08/2016

Real desvalorizado atrai investidores

Concessões podem ser alternativas para reduzir gasto público, estimular o intercâmbio entre mercados e, diante do baixo custo do real ante o dólar, um investimento de alto retorno aos estrangeiros
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FÁBIO LIMA
Porto do Pecém está entre as prioridades do Governo por causa da sua importância para o desenvolvimento do Ceará


Os investidores internacionais podem se valer de um fator-chave nas concessões do Ceará: o real. Aproveitam a situação para apostar nos ativos que, por causa da moeda desvalorizada, têm menor custo. “De certa forma, os projetos são interessantes em virtude do câmbio. Sai mais barato para eles. Apostariam em ativos com valores mais baixos em real, que teriam uma boa taxa de retorno em médio e longo prazos”, estima Ricardo Coimbra, mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC).


 

Para captação, acredita ser determinante as missões realizadas em outros países para estreitar relações comerciais. As negociações abririam o cardápio cearense dos ativos para a iniciativa privada.


Coimbra aponta as concessões como alternativa à necessidade de redução dos gastos públicos e otimização de receitas. Para ele, trata-se de uma forma de disponibilizar ao mercado empreendimentos que o Estado não tem meios para gerir sozinho ou não acredita ser de sua competência a manutenção. Projetos que podem ser explorados pela iniciativa privada de maneira mais efetiva.


Questionado sobre eventuais fracassos, o especialista cita que alguns darão mais retorno que outros. “Dependerá da atividade e setor interessados”.


Já o empresário Vilmar Ferreira, presidente da Aço Cearense, afirma que as empresas do Estado podem ser beneficiadas com o programa de concessões. Isso porque as empresas de fora entrariam no Ceará em busca de adquirir a expertise das companhias locais, conhecendo o público, gostos e costumes antes de dar o pontapé em suas operações. “O exterior está mais capitalizado para investir. Essas empresas querem o conhecimento dos empresários locais para a formação de parcerias em algumas áreas. Todos saem ganhando”, reforça.


Sem valor previsto

Os ativos disponibilizados e apresentados ontem na Federação das Indústrias do Estado (Fiec), não estão com valores definidos, de acordo com o governador Camilo Santana. A expectativa é que o conjunto de ativos atingisse o valor de R$ 7 bilhões.


“A realidade é que os estudos estão sendo feitos e aprofundados para cada tipo de ativo, qual modelo vamos utilizar, se será uma PPP (Parceira Público Privada), ou abertura de capital da empresa. Esse valor é uma especulação e não partiu da consultoria”, dispara.
(Átila Varela)

 

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