EM FORTALEZA 19/08/2016

Inadimplência em Fortaleza é a mais alta desde 2010

Percentual de consumidores endividados, com dívidas em atraso e inadimplentes cresce e preocupa comércio
notícia 4 comentários
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Artumira Dutra artumira@opovo.com.br


A Pesquisa sobre Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgada pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), mostra que 70,3% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida em agosto. O resultado veio 6,3 pontos percentuais acima do indicador em julho (64,0%), e também acompanhado do aumento da inadimplência potencial, que alcançou a taxa mais elevada desde 2010, de 13,4%, e do número de consumidores com contas em atraso.


 

A proporção dos consumidores com dívidas atrasadas, segundo a pesquisa, teve crescimento de 4,1 pontos percentuais, passando de 24,0%, em julho, para 28,1% neste mês.


O tempo médio de atraso é de 71 dias e a principal justificativa para o não pagamento é o desequilíbrio financeiro - a diferença entre a renda e os gastos correntes – citado por 57,4% dos consumidores. O segundo motivo mais citado pelos pesquisados é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 42,1%, seguido da contestação da dívida (7,9%).


O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.408 com prazo médio de sete meses, comprometendo 36,9% da renda familiar dos consumidores com o pagamento – nível considerado muito elevado.


Avaliação

O diretor técnico do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Comércio (IPDC) da Fecomércio-CE, Alex Araújo, explica que isoladamente o aumento do percentual de consumidores endividados (pessoas que estão consumindo, assumindo dívida) não é ruim. “O que preocupa mais são as contas em atraso e o comprometimento da renda que, depois de bater recorde no mês passado, caiu um pouco, mas ainda é muito alto”, comenta. Acrescenta que esse crescimento é uma tendência que vem sendo observada ao longo dos meses e significa menos dinheiro para consumo, o que afeta diretamente as vendas do comércio.

 

De acordo com a pesquisa, os problemas financeiros afetam mais as mulheres (29,4% dos entrevistados desse grupo afirmaram possuir contas em atraso).


Alex Araújo destaca que não é por falta de caráter que as mulheres se encontram nessa situação, mas por terem renda mais baixa e mais responsabilidades. “Elas ganham 1/3 a menos que eles e assumiram muitas obrigações”, observa. Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 83,0% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 13,1%; os empréstimos pessoais, com 9,4%; e os carnês e crediários (7,3%).


De acordo com o levantamento mensal feito pelo IPDC, o consumidor utilizou o crédito mais para a compra de itens de alimentação (56,3% das respostas); artigos de vestuário (36,3%); eletroeletrônicos (36,2%); e despesas de educação e saúde (29,9%).


A taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não terão condições financeiras para honrar os compromissos, teve aumento de 1,6 pontos percentuais, passando de 11,8%, em julho, para 13,4%, neste mês. De acordo com a pesquisa, atingiu o patamar mais elevado da série histórica iniciada em 2010, quando a atual metodologia passou a ser adotada pelo IPDC.

 

NÚMEROS

 

13,4%

DOS CONSUMIDORES

da Capital, em agosto, estão inadimplentes

 

Saiba mais


A pesquisa é realizada mensalmente e tem como objetivo indicar a capacidade de endividamento do consumidor de Fortaleza e conhecer o comprometimento financeiro, em relação ao comércio local


Também visa auxiliar os empresários a planejarem estratégias de vendas, analisarem situações de risco, entre outras oportunidades


Todo mês, cerca de mil consumidores da Região Metropolitana de Fortaleza são entrevistados pelo IPDC para a realização desta pesquisa.

 

> TAGS: economia
espaço do leitor
O OBSERVADOR 19/08/2016 10:48
ENGANAM-SE QUEM PENSA QUE O POBRE É CALOTEIRO E MAL PAGADOR, PELO CONTRÁRIO, FAZ DE TUDO PRA PAGAR É QUESTÃO DE HONRA E SÓ NÃO PAGA SE REALMENTE NÃO PUDER. DIFERENTE DA DITA "CLASSE MÉDIA ALTA" QUE É A VERDADEIRA CALOTEIRA, FAZ DE TUDO PRA NÃO PAGAR, COMPRA POR COMPRAR, AS MADAMES METEM O PAU NO CARTÃO E O FUTURO PERTENCE A DEUS!!!
Pietro Cans 19/08/2016 10:36
Comprava-se carros novos ou motos com apenas R$ 1 real de entrada, isso mesmo, apenas R$ 1 real e o restante pagariam em até 120 prestações. No final o custo seria 4 vezes o valor do bem adquirido, e os iludidos felizes da vida, consumindo como se não tivessem que pagar. E deu nisso aí.
Pietro Cans 19/08/2016 10:34
Hernaça maldita de Lula, Dilma e do PT. Incentivaram esse mundão de ignorantes a consumirem como se não tivessem que pagar, parcelavam um liquidificador, uma panela em 72 parcelas, consumiram de tudo com dinheiro emprestado dos banqueiros, pensando os ignorantes ter havido melhoria na renda, estarem ricos, classe média. Deu nisso, o maior endividamento das famílias da história, e com o flagelo do desemprego. E para piorar pagando os juros mais extorsivos da história, os maiores do mundo.
Hilario Torquato 19/08/2016 08:59
Com a politica imposta pelo intinerante interino, como disse Ciro Gomes; " a inadimplência será geral e imposta ao povo brasileiro em 2017" com a politica exercida para se manter no Poder. 70% ainda está muito pouco, porque os BANCOS não remetem mais os boletos de cobrança por cumplicidade com os Correios.
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