Apontada como a 5ª melhor data comemorativa para o varejo em Fortaleza, em pesquisa da Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE), o Dia dos Pais é momento para a publicidade sensibilizar os consumidores. Para isso, é preciso buscar aproximação. “A propaganda de margarina, com tudo perfeito, não cola mais”, resume Pádua Sampaio, sócio da Delantero.
Alexandre Vale, diretor de criação da Slogan, aponta a emoção e a autenticidade como estratégias eficazes para chamar a atenção do público consumidor. “Criar situações em que os filhos se identifiquem, momentos pelos quais já passaram ou gostariam de passar com seus pais, é sempre muito efetivo. Retratar cenas verdadeiras, depoimentos verídicos e convincentes acabam por conquistar o consumidor”, observa.
No entanto, o publicitário alerta para os perigos de se propor uma abordagem emotiva sem buscar uma essência real ou uma naturalidade. Segundo ele, o efeito pode ser inverso: “ao invés de emocionar, causa desconfiança”.
Quebra de paradigmas
Serginho Gouveia, redator da SG Propag, avalia que a propaganda, como a do O Boticário, vem tomando para si a função de quebrar paradigmas.
“A Boticário mostra que o pai é quem cria e que em nossa sociedade não existe mais apenas aquele formato da família tradicional. É mais difícil emocionar o público quando você aborda as minorias, mas, mostrando de uma forma bacana, sensibiliza”, analisa.
A melhor abordagem, segundo ele, depende do produto, do público para o qual a propaganda será direcionada, bem como do posicionamento do cliente, que preferivelmente não tenha “nenhum preconceito enraizado”. “Quem se posiciona a favor das minorias sai na frente. A propaganda tem que se posicionar como ferramenta contra a intolerância, o preconceito. E nós, criativos, temos que tentar, até em alguma sutileza, colocar isso”, frisa.
Alexandre reitera que a propaganda, assim como os meios de comunicação, estão em plena reinvenção, tendo em vista que o “consumidor já não se deixa levar por qualquer mensagem. Ela tem que tocá-lo de alguma forma”.
Pádua crê que, independente da abordagem, a propaganda deve sempre sobrepor a vida das pessoas à marca, produto ou serviço. “Em tudo o que a gente vai fazer, deve-se pensar de que forma aquilo vai se fazer importante na vida das pessoas e de maneira natural, colocando o holofote sobre as pessoas e a marca ser coadjuvante”, defende.
A competição por atenção, diz ele, vem obrigando o mundo publicitário a se posicionar de forma diferenciada e se aproximar cada vez mais do consumidor. “Não existe mais esse distanciamento. Empresas que entendem isso conseguem ter um alcance em todos os meios”.
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