[an error occurred while processing this directive]
O volume de vendas do comércio varejista no Ceará caiu 10,8% em maio deste ano, se comparado ao mesmo mês do ano anterior. Apesar disso, a receita nominal teve uma discreta variação positiva de 0,8% no período. O desempenho foi pior do que a média brasileira que teve queda de 9% nas vendas e uma elevação de receita nominal de 2,2% no mesmo período. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram ainda que nos cinco primeiros meses deste ano o recuo do varejo cearense já chega a 6,9%.
De abril para maio, a variação no volume de vendas no Ceará foi - 2,7%, enquanto que a retração nos últimos 12 meses foi de 6%. Na comparação com Unidades da Federação, o Ceará ocupa a posição 17 em queda no índice de maio a maio. De um modo geral, todos os estados apresentaram retração no varejo, sendo o maior índice registrado no Amapá (-21,5%) e o menor em Minas Gerais (-3,1%).
Quando considerado o comércio varejista ampliado, que inclui os segmentos de veículos e motocicletas, partes e peças e de material de construção, totalizando dez setores, o cenário no Estado é ainda mais complicado. A queda em maio foi de 14,7% e um encolhimento de 5,5% na receita nominal, se comparado ao mesmo mês de 2015.
Neste período, os segmentos mais impactados por esta redução no volume de vendas foram o de eletrodomésticos (-35,5%); material de construção (-30,1%); artigos de uso pessoal ( -22,3%); veículos (-20,2%); e livros, jornais, revistas e papelarias (-19,32%).
Para a diretora institucional da Fecomércio/CE, Cláudia Brilhante, esta queda no volume de vendas em maio reflete o aumento do endividamento do consumidor. “O Brasil desde o ano passado vem passando por uma crise econômica e política muito forte, com aumento do combustível, alimento, inflação, com tudo isso, o que a gente percebe é que muitas pessoas estão recorrendo a empréstimos pessoais para pagar as contas mensais”.
Consumo retraído, empresários em situação cada vez mais difícil para manter a estrutura de vendas de pé. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Fortaleza, Severino Ramalho Neto, explica que desde o ano passado o comércio já tem feito o dever de casa no sentido de rever custos e intensificar o trabalho, mas é grande a preocupação com o aumento dos custos operacionais. Ele atribui o ligeiro aumento nas receitas, apesar do cenário de queda, à inflação do período. “Nada mais é do que a inflação e que, na verdade, o Ceará vinha tendo queda nos dois lados. Estamos em uma situação preocupante, mas sentimos que a tendência é de que este cenário comece a se estabilizar. Os próximos meses ainda não serão de melhora, mas pelo menos ocorrerá uma não piora, o que já é um bom começo”.
NÚMEROS
14,7%
É O PERCENTUALda queda, em maio, do comércio varejista ampliado no CE
Veja também
Setor de serviços do Ceará cresce 1,5% em maioErro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Economia