Praticamente não houve reação dos mercados financeiros (dólar e bolsa) ao anúncio das primeiras medidas econômicas do Governo de Michel Temer. Apesar de consideradas positivas por analistas, o mercado não demonstrou otimismo dadas as incertezas ainda presentes.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou com variação positiva de 0,03%. Mesmo garantindo o primeiro fechamento no azul em oito pregões, o principal índice da bolsa não sustentou as máximas da sessão e chegou a oscilar no vermelho, com as ações do Banco do Brasil recuando 5% após o anúncio de que o Fundo Soberano será extinto. O dólar fechou com leve baixa frente ao real, depois de chegar a cair mais de 1%.
Análise
Para o economista Sérgio Melo, o mercado financeiro está reagindo bem mas na opinião dele as medidas anunciadas pelo Governo poderiam ser mais ousadas. Ele avalia que colocar os gastos públicos limitados à inflação do ano anterior é uma boa medida, mas muito modesta. “O ideal seria limitar os gastos ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano anterior e não à inflação”, considera, acrescentando que também não viu nenhuma sinalização de limitação da carga tributária. “A meu juízo esta carga deveria estar prevista na Constituição Federal, o que obrigaria aos governos seguir tais limites sob pena de crime de responsabilidade”.
Já para o economista chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o mercado não reagiu mal nem bem. “Ficou neutro. A mudança de postura da gestão dos gastos públicos com foco na limitação das despesas é muito positiva. No entanto, não houve aprofundamento sobre exatamente como serão acionadas essas medidas”, pontua.
Agostini considera que são medidas importantes no médio prazo, mas não são suficientes para mudar a situação fiscal de 2016. Explica que o governo anterior já havia contratado toda a despesa/gastos sabendo que não haveria receita suficiente. “As medidas anunciadas focam mais a partir de 2017 em diante”, comenta, acrescentando que ainda são muito brandas diante do tamanho do desequilíbrio fiscal. “Não vai dar para fugir de aumento de impostos”, salienta.
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