O percentual de fortalezenses com algum tipo de dívida no mês de fevereiro atingiu 73%. O índice é 0,9 ponto percentual maior que o registrado em janeiro. O resultado consta na Pesquisa de Endividamento do Consumidor de Fortaleza, divulgado pela Federação do Comércio do Estado do Ceará (Fecomércio-CE). Trata-se do maior índice desde o lançamento da pesquisa em 2010.
A elevação está atrelada ao aumento dos gastos com educação. “O mês de fevereiro é característico pelo pagamento do material escolar. Mas a alimentação continua sendo a vilã”, reforça Cláudia Brilhante, diretora institucional da Fecomércio-CE. O ranking de gastos é encabeçado por itens de alimentação (55,5%), artigos de vestuário (32%) e educação (26,5%)
A pesquisa também aponta uma melhora no indicador de contas em atraso (que passou de 22,3% para 22,2%). O aumento na proporção da renda comprometida com o pagamento de dívida saiu de 33,9% para 34,9%.
O tempo médio de quem possui algum tipo de débito atrasado é de 67 dias. A principal justificativa para o não pagamento das dívidas é o desequilíbrio financeiro citado por 55,9% dos consumidores. O segundo motivo é o adiamento por conta do uso dos recursos em outras finalidades, com 33,8%, seguido da contestação da dívida (7,4%).
O relatório mostra que problemas financeiros afetam mais as mulheres da Capital (22,6% afirmam possuir contas em atraso), os consumidores do grupo com idade acima de 35 anos (23,9%) e do estrato com renda familiar entre cinco e dez salários mínimos (24,1%).
Cláudia Brilhante explica que o índice de endividamento tende a aumentar até meados do mês de maio. “Os cinco primeiros meses são difíceis para o consumidor, dado o pagamento dos débitos contraídos no final do ano. Vamos ter um pico de endividamento até o referido mês”, estima. A perspectiva, no entanto, é de queda nos meses de junho e julho.
Comprometimento
O valor médio das dívidas é estimado em R$ 1.332 e prazo médio dos débitos dos consumidores que estão em situação de inadimplência é de sete meses. Os instrumentos de crédito mais usados pelos fortalezenses foram os cartões de crédito – 83,8% das respostas dos entrevistados - , seguidos do financiamento bancário (12%). Empréstimos pessoais responderam por 8,1%. Carnês e crediários, 5,9%.
No mês passado, o número de pessoas sem condição de honrar as dívidas estava em 7,5.%. Neste mês passou para 8,6%. Em dezembro o índice era de 6,8%. A perspectiva é que a partir de abril as lojas comecem a renegociar as dívidas dos consumidores em situação de inadimplência. “As lojas vão chamar os consumidores com débitos atrasados para a renegociação. Com a dificuldade da economia, o objetivo é torná-lo novamente adimplente”, resume a diretora institucional da Fecomércio-CE. (Átila Varela, atilavarela@opovo.com.br)
Erro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
Erro: maximum recursion depth exceeded while calling a Python object
Erro ao renderizar o portlet: Barra Sites do Grupo
Erro: <urlopen error [Errno 110] Tempo esgotado para conexão>
Copyright © 1997-2016
Jornal de Hoje | Economia