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Movido pela cautela, a diretoria colegiada do Banco Central (BC) manterá a taxa básica de juros (Selic) nos atuais 7,25% ao ano no seu encontro deste mês. Esta é a previsão do professor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas em São Paulo (FGV-SP), Samy Dana.
A taxa básica foi reduzida em outubro para 7,25% ao ano, de 7,50%, e se manteve nesse patamar em novembro e janeiro. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC realizou ontem a primeira parte da reunião de dois dias, reservada para apresentações técnicas sobre a conjuntura econômica.
Hoje, ocorre a segunda parte, quando os diretores definirão, por votos, o patamar de juros até o próximo encontro, em abril.
"O governo manterá cautela e não irá alterar a Selic. Os indicadores econômicos preveem um bom resultado do PIB (em torno de 1%) no primeiro trimestre. No entanto, o ano ainda é uma preocupação: grandes desafios de infraestrutura, com uma inflação que preocupa", prevê o professor.
Para Dana, caso a inflação pressione, o governo poderá subir a taxa da Selic na reunião de abril, que acontece nos dias 16 e 17. De acordo com ele, a inflação continua sendo um grande empecilho ao governo. "A inflação este ano deve ficar em 5,8%, bem próxima do teto da meta estipulada pelo governo que é de 6,5%.", diz Dana. ( das agências)
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