[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Declaração de Tombini eleva projeção da Selic | Economia | O POVO Online
Inflação 26/02/2013

Declaração de Tombini eleva projeção da Selic

Para analistas econômicos, a declaração do presidente do Banco Central, de que o compromisso da entidade é com o controle da inflação e não com o crescimento econômico do País, é um recado para acalmar o mercado. Alguns bancos já elevaram suas projeções da Selic
FABIO RODRIGUES POZZEBOM/ABR
Alexandre Tombini: declaração do presidente do BC fez mercado elevar previsão da Selic
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A declaração do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, de que a prioridade da instituição é conter a inflação, sem o compromisso de estimular o crescimento econômico do País fez com que alguns analistas revisassem para cima a projeção da taxa básica de juros (Selic) para o final de 2013. De acordo com a pesquisa semanal Focus, divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano com uma alta de 5,69% e não 5,70% conforme previsto no levantamento anterior, mas acima do centro da meta fixada pelo Governo, de 4,5%.


A afirmação de Tombini, publicada no site do Wall Street Journal, no domingo, foi vista como um recado para acalmar o mercado. “Isso foi um aviso ao mercado de que o Banco Central está atento à inflação e que, se for o caso, a taxa de juros subirá”, diz Henrique Marinho, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-CE).


“Ele (Tombini) já havia dito que essa taxa (Selic em 7,25%, menor patamar histórico) ficaria aí por um bom tempo, mas como a inflação está resistindo ele disse que a prioridade é a inflação”. Marinho, entretanto, não acredita que a taxa Selic suba já na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que acontecerá na próxima semana. “A inflação também não está fora de controle. E há sinais de que ela pode começar a se comportar melhor a partir de abril”.


Na última pesquisa Focus, a projeção da taxa Selic para o final do ano era de manutenção dos atuais 7,25%. Mas depois do discurso de Tombini alguns bancos elevaram a expectativa. J. Safra, JP Morgan e UBS, alteraram suas projeções para 8,25%, 8,5%, e 8,7%, respectivamente. Até dezembro o Comitê realizará seis reuniões.


“Se o Banco Central não fizer não fizer nada, a inflação vai se efetivar”, diz Ricardo Coimbra, mestre em economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Ele espera uma alta de 0,25% da Selic já na próxima reunião do Copom. “E nas próximas reuniões, tendo ideia do impacto desse primeiro aumento, o Governo irá avaliar se aumenta mais ou não”, diz.


Consumo

Caso as novas projeções se confirmem, o consumidor deverá sentir no bolso o impacto da elevação da Selic. Os financiamentos vão ficar mais caros, assim como as taxas do cartão de crédito e do cheque especial. “Isso acontecendo, vai dar uma esfriada no comércio de modo geral”, diz Ricardo Coimbra. “O maior impacto será nas compras a prazo”, ele acrescenta. Espera-se, portanto, que a diminuição da demanda repercuta na redução dos preços.

 

“Hoje, a demanda está muito grande porque o crédito está mais barato. Existem carros e eletrodomésticos em falta no mercado”, diz Henrique Marinho.

 

E agora


ENTENDA A NOTÍCIA


Caso o Copom eleve a taxa básica de juros ao longo do ano, como preveem analistas, as vendas do comércio devem ser afetadas, especialmente os segmentos que vendem a prazo, como o automotivo e eletrodomésticos.

 

SERVIÇO


Acompanhar as decisões do Comitê de Política Monetária do BC

Onde: http://www.bcb.gov.br/?copom

 

Saiba mais

 

Boletim Focus


Segundo dados do boletim Focus, do Banco Central, divulgados ontem, houve melhora na projeção de crescimento para 2013.


Depois de duas semanas seguidas de redução, a expectativa de avanço do PIB cresceu para 3,10%, mesmo nível registrado um mês atrás, quando a previsão de crescimento era de 3,08%.


Ainda, de acordo com o relatório, a estimativa para a produção industrial passou de 3% para 3,10% depois de dois recuos consecutivos e se igualou ao nível previsto há um mês. As previsões para câmbio seguiram a mesma tendência das últimas semanas, com nova redução para o dólar, para R$ 2.

 

A expectativa para inflação recuou pela segunda semana seguida depois de uma sequência de seis elevações consecutivas.


Agora a projeção é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) termine o ano em 5,69% em 2013.


Em 2012, a economia brasileira cresceu 1%, menos que os 7,5% de 2010.


Ao mesmo tempo, a inflação anualizada atingiu 6,2% em fevereiro, perto do máximo previsto pelo Governo.

 

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