[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] A vida será mais cara | Economia | O POVO Online
O custo de 2013 30/12/2012

A vida será mais cara

Economistas e especialistas de mercado ouvidos por O POVO fizeram um exercício de análise. Históricos recentes de inflação, perspectivas dos setores e tendências de mercado apontam para um 2013 mais caro. Seu dinheiro vai ficar %u201Cmenor%u201D, mesmo com reajuste do salário mínimo de 9%
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Quais os seus planos para 2013? Inclua neles um eficiente planejamento de despesas. Vale para empresas e pessoas físicas. O próximo ano terá um custo de vida maior. Em analise, especialistas, economistas e representantes de setores da economia ouvidos por O POVO falam o que vai pesar no bolso do brasileiro.

 

No final de 2011, o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, anunciara um prognóstico de uma inflação menor em 2012. Ainda faltando dezembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve para medir a inflação oficial no Brasil, está acumulada em 5%.


O IPCA-15, prévia da inflação oficial, acelerou na primeira metade de dezembro para maior patamar do ano, puxado por despesas pessoais e alimentos, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ficou em 0,69%, maior variação em um mês desde maio de 2011 (0,70%). A menos que haja uma alta quase três vezes maior do que o pico da inflação este ano (0,64% em abril), Tombini deve consolidar sua previsão. Assim, a inflação será inferior, inclusive, frente a 2010 (5,90%).


A preocupação dos analistas já é o rumo de 2013, com sólidos indicativos de uma inflação maior. O mercado estima até a possibilidade de chegar aos 6%, o que não ocorre desde 2004, quando atingiu os 7,60%. Vai depender da condução econômica do Governo Federal, avalia Mansueto Facundo de Almeida, doutor em políticas públicas pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, e Técnico de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).


“A economia deve crescer mais rápido do que o ano de 2012 – algo próximo a 3% no ano. Mas como a taxa de desemprego ainda está muito baixa, qualquer crescimento um pouco mais rápido ocorre com um mercado de trabalho aquecido”, avalia Mansueto.


Para o técnico do Ipea, a taxa de câmbio fixa de R$ 2,00 a R$ 2,10 por dólar, uma valorização de commodities se transforma em aumento de preço doméstico. “E vamos ter também, em 2013, o reajuste de preços da gasolina e diesel”, lembra.


A projeção oficial do IPCA a 5,4% em 2013 deverá ser reajustada ao longo do período, sob influência das dúvidas sobre o que o BC vai fazer para guiar a economia. No começo de cada ano, é esperada uma atuação mais ativa do Banco Central. Às vezes, isso não acontece e, por isso, o mercado sobe suas expectativas.


“Antes, mesmo quando a inflação esperada crescia ao longo do ano, isso não alterava as expectativas dos anos seguintes, que continuavam próximas à meta de 4,5%. Agora, o mercado não sabe o horizonte que o Banco Central trabalha fará para reduzir a inflação para o centro da meta. Será comum ver o chamado ‘ajuste fino de expectativas’ ao longo do ano”, analisa Mansueto.


O mestre em economia e professor universitário, Ricardo Coimbra, ratifica a expectativa de um custo de vida maior no próximo ano. “Vai depender das ações que o Governo Federal implantará ou não para tentar atingir a meta inflacionária. O principal objetivo do Governo para 2013 é gerar um crescimento econômico muito superior ao de 2012, que será pífio, em torno de 1%”.

 

Cenário eleitoral

A perspectiva de inflação impactante ao consumidor não é unanimidade. Há quem desenhe um cenário mais tranquilo. É o caso economista, consultor e professor universitário, Lauro Chaves.

 

“O comportamento combinado do PIB e da Inflação em 2012, associados ao calendário das eleições presidenciais em 2014, deverá resultar em um controle rigoroso da inflação em 2013, para criar condições para estímulos adicionais ao crescimento econômico em 2014, sem que com isso provoque um novo ciclo”. Chaves projeta patamar inflacionário de 4% e 6,5% em 2013, 2014 e 2015. O economista afirma que o BC tem controle reduzido, às vezes nulo, de grande parte das variáveis que influenciam no índice. “As previsões possuem um grande componente político e servem como ferramenta na tentativa de criar expectativas favoráveis na sociedade. Vale ressaltar que o comportamento dos preços internacionais, fatores climáticos, entre outros exerce um grande impacto nas taxas de inflação esperadas.”


O quê


ENTENDA A NOTÍCIA


Em outubro de 2010, a projeção para a inflação de 2011 fora de 5% ao ano (a.a) - dados da pesquisa Focus. Em 2009, a projeção para 2010 fora de 5,20% a.a. Em 2010, o IPCA fechou em 5,90% a.a e em 2011, 6,50% a.a.


Dicionário


Meta de Inflação

Para uma meta de inflação de 4,5%, há intervalos de confiança de 2% aos extremos. Ou seja, o Banco Central considera atingir a meta caso esteja de 2,5% a 6,5%. Não só o BC, mas também algumas instituições privadas, como consultorias, elaboram modelos econométricos de estimação da inflação também ficam monitorando os índices.

 

IPCA

O Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA) é calculado pelo IBGE desde 1980. Refere-se às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além do município de Goiânia e de Brasília. Por cobrir o maior raio de pessoas no País, é considerado o índice mais aproximado da realidade nacional e, por isso, é utilizada como referência da inflação.

 

Selic

Significa Sistema Especial de Liquidação e Custódia e regula os juros que o Governo paga pelos empréstimos tomados. Por isso, é chamada de taxa básica de juros. A Selic é uma “vacina” para a inflação. Quando há riscos de inflação, a Selic sobe para reduzir o consumo e, consequentemente, a inflação. A deflação pode ser sinal de fraqueza econômica, daí, a Selic desce para incentivar o mercado consumidor - a inflação sobe.

 

Os dez vilões da inflação em 2012

O IPCA-15 difere-se do IPCA no que se refere ao período de coleta. O IPCA abrange 1º a 30 do mês de referência, enquanto que o IPCA-15 vai do dia 15 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência. O POVO optou por ter como base para a tabela o IPCA-15 por já conter os dados de dezembro. Os dados são nacionais. No País, o índice ficou em 5,78%

 

1 - O feijão mulatinho e o arroz fecharam o ano com 66,18% e 37%, respectivamente


2 - O tomate também ajudou a levar a inflação para cima, com alta de 19,8% no ano

 

3 - O cigarro ficou em 23,1% mais caro, segundo o IPCA-15


4 - O preço das passagens aéreas subiu 25,9% em 2012

 

5 - A carne de porco ficou 8,9% mais cara nos últimos 12 meses


6 - O preço da cerveja aumentou 13,8% em 2012

 

7 - Quem paga aluguel teve que desembolsar quase 9% a mais em 2012

 

8 - Utilizar o transporte público ficou 7,4% mais caro neste ano no País

 

9 - O pãozinho francês teve alta de 12% no ano

 

10 - Os custos com empregada doméstica subiram 12,75% no ano

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Andreh Jonathas andreh@opovo.com.br
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