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Não deu tempo de comemorar o anúncio da redução das tarifas de energia elétrica prometida pela presidente Dilma Rousseff para 2013. O brasileiro já se prepara para desembolsar um pouco mais no final do mês com a conta de energia.
O motivo do aumento deve-se a necessidade de acionamento do sistema emergencial de abastecimento por meio de usinas termelétricas por parte do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Se o aumento já não fosse o bastante para o consumidor, some-se a isso o fato dos nordestinos terem pagado, em 2011, a tarifa de energia mais cara do País, conforme a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), órgão ligado ao Ministério de Minas e Energia.
De acordo com o levantamento publicado no Anuário Estatístico de Energia Elétrica, os consumidores da região Nordeste pagaram, em média, R$ 291,73 por cada megawatt-hora (MWh) consumido em 2011. O valor é 10,7% superior ao que foi desembolsado pelos usuários dos nove estados da região em 2010. Enquanto isso, a média brasileira ficou em R$ 276,83. A região Sul foi quem pagou a menor tarifa, R$ 236,93 por MWh consumido.
Além de desembolsar mais pela tarifa, os nordestinos poderão pagar mais caro também pelo uso da energia elétrica gerada a partir de termelétricas. Os custos da ativação dessas usinas são divididos entre todos os consumidores. Além de ser uma energia poluente, pois utiliza óleo combustível, carvão ou gás natural para a geração elétrica, a fonte geradora é também uma das mais caras da matriz energética brasileira. De acordo com levantamento da EPE, entre 2005 e 2011, a tarifa média do MWh das gerações em termelétricas movidas a óleo diesel chegou a R$ 184. Enquanto isso, a tarifa da geração hidráulica, a mais barata do País, é comercializada, em média, por R$110,97.
O acionamento das usinas termelétricas faz parte do esquema operacional do ONS para situações em que o baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas põe em risco o fornecimento de energia elétrica. O sistema emergencial foi posto em prática logo após os eventos de desabastecimento em 2001, quando a população brasileira foi obrigada a racionar energia. Por nota, o Operador do Sistema informou que a medida adotada tem o objetivo de suprir a falta de chuvas.
De acordo com a Companhia Energética do Ceará (Coelce), o repasse dos custos com a operação das usinas termelétricas ainda não pode ser calculado. Segundo José Caminha Araripe, gerente de Regulação e Mercado da Coelce, as despesas só deverão ser repassadas ao consumidor cearense no próximo reajuste da tarifa, que acontecerá em abril de 2013. “Mesmo que as térmicas entrem em operação agora, isso não vai ter impacto imediato na conta do cearense”. (Marcelo Andrade)
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Atualmente, mais de 80% da energia elétrica consumida no Brasil é produzida em usinas hidrelétricas, de acordo com o ONS. O restante da produção é dividido entre fontes como biomassa (6%), gás natural (4,9%), nuclear (2,9%), derivados do petróleo (2,7%), carvão (1,5%) e eólica (0,5%).
Após o despacho para a operacionalização das usinas termelétricas, o início da geração pode levar até uma semana, segundo Lauro Fiúza, presidente do Grupo Servtec, empresa proprietária de usinas termelétricas em estados como o Ceará, Maranhão e Amazonas.
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