De máquinas de datilografar antigas a móveis usados
Em outra loja da Cidade, a Aldemaq, o silêncio predomina, sendo primordial para a concentração do aposentado Raimundo José, que trabalha consertando e vendendo as antigas máquinas de datilografia, esquecidas por muitos na era digital. O aposentado, no entanto, zela pelos objetos diariamente, desde 1991, quando a loja foi comprada de um amigo. “Eu trabalhava ajeitando máquinas em bancos, mas queria ter o meu próprio negócio. Surgiu a oportunidade e agora trabalho me divertindo, ganhando um dinheiro extra”.
Na loja os consertos saem em média por R$ 140, dependendo do grau de dificuldade. As pessoas que desejam comprar as máquinas podem escolher diversos modelos, cujo mais caro custa R$ 550. Segundo o empresário, a movimentação nos últimos anos está aumentando, devido à volta da moda dos artigos antigos, que agora estão sendo usados como peças de decoração.
O casal de aposentados Antônio Carlos e Eidiran Capelo é proprietário da loja Campelo Móveis Usados, que existe desde 1993 na Capital. Ambos trabalhavam como vendedores e viram os seus salários diminuírem com o passar do tempo. “Chegou uma hora que não dava mais, tinha muito vendedor no comércio e as comissões estavam diminuindo. O nosso padrão de vida baixou muito”, disse Campelo. A solução foi investir em algo que agradasse aos dois e colocasse à prova o poder de venda, adquirido por anos no varejo. “Investimos uma quantia e começamos trabalhando com consignação, ou seja, só pagávamos ao proprietário se a peça fosse vendida”, explica o lojista.
Atualmente a loja trabalha apenas com venda à vista e o caderninho com a lista das pessoas interessadas em vender algo está completo. “Todos os dias visito várias pessoas para avaliar objetos, mas só compro se estiverem em bom estado”.
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