Emprego industrial do Ceará tem segunda maior queda
O emprego na indústria têxtil da Região Nordeste apresentou queda de 9,8% no mês de julho em relação ao mesmo mês do ano passado. Essa queda, somada aos números negativos dos setores de vestuário, que caiu 5,7%, e de meios de transporte, com déficit de 11,7%, geraram uma perda total de 2% das vagas de empregos na Região, deixando o Nordeste em uma posição acima apenas de São Paulo, que apontou o maior impacto negativo do emprego industrial, com perda de 3,1% .
No Ceará, onde a indústria têxtil é uma das mais expressivas, as perdas também foram altas: queda de 2,9% de julho de 2012, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Nacionalmente, o emprego na indústria teve variação negativa de 1,6% . Os dados foram apresentados na Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário divulgada ontem, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com Pedro Jorge Viana, coordenador da unidade de economia e estatística do Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi), o principal motivo para explicar a queda da geração de empregos no setor têxtil do Ceará é a concorrência que o Estado enfrenta com os produtos importados da China, que tem a moeda desvalorizada em relação ao Real. ‘’A briga com os produtos importados é muito grande. Chega a ser desleal”, diz.
Segundo ele, uma forma de mudar esse cenário é investir mais na produção de algodão. ‘’O Ceará não pode deixar esse setor morrer’’, diz.
Horas pagas
Em julho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria mostrou variação positiva de 0,3% frente ao mês imediatamente anterior, interrompendo quatro meses de taxas negativas que acumularam nesse período perda de 2,8%. (Roberta Figueredo)
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