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Se tem uma coisa que os ventos trazem ao Ceará é dinheiro. Até 2017, serão R$ 8 bilhões investidos para quadruplicar a energia gerada pelos ventos no Estado, que já é o maior produtor de energia eólica do País. Mas, para quem opera o setor, falta de infraestrutura, logística e uma legislação ambiental pouco “harmônica” barram o desenvolvimento da energia eólica no Ceará, que tem vento bom até no Interior.
São 17 usinas eólicas geradoras de 518,9 megawatts (MW) – energia suficiente para abastecer o consumo residencial de uma cidade de três milhões de habitantes. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), o Ceará foi pioneiro na implantação desse tipo de investimento e ainda continua liderando a produção eólica no País, com 43% de toda a capacidade brasileira instalada, que é de 120 GW.
Levantamento da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece) dá conta que mais 37 usinas eólicas serão instaladas no Estado até 2014, com capacidade de geração de energia de 971 MW. “Mas há muito mais contratado até 2017. A expectativa é de investimentos de R$ 8 bilhões só no Ceará”, afirma o presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará, Adão Linhares. O montante bilionário vai operacionalizar a geração de 2 mil MW.
Barreiras
Ainda que o Ceará se destaque, o potencial em geração de energia eólica no Estado é de 35 mil MW. “O potencial do Ceará é gigantesco. Não à toa, nossa base é em Fortaleza. Mas é preciso investir mais na infraestrutura portuária e rodoviária e no escoamento da energia produzida”, afirma o diretor-presidente da Suzlon Brasil, Arthur Lavieri.
A multinacional indiana constrói usinas e opera hoje 10 parques eólicos no Estado, além de estar construindo outros 10. “Dá para investir na construção de usinas eólicas até no pé das serras a noroeste de Fortaleza”, diz. Para Lavieri, a grande preocupação dos investidores em energia eólica no Nordeste é a garantia de que o desenvolvimento de linhas de transmissão acompanhem o ritmo de investimentos no setor.
O presidente da Câmara Setorial de Energia Eólica também considera a falta de infraestrutura um problema. “Tem investidor prospectando negócios na Serra da Ibiapaba, na Chapada do Araripe, mas não tem como levar uma pá gigantesca por uma estrada tão estreita”, exemplifica.
Dificuldade de acesso, conexão e logística aumentam os custos dos projetos e inviabilizam a ação de investidores. “O Estado tem analisado e dado o suporte em infraestrutura na medida do possível, mas é preciso paciência para que a intenção se torne realidade”, critica Adão Linhares.
Ele diz que há até incentivos fiscais na importação de equipamentos, facilidades fundiárias no Ceará, mas o vizinho Rio Grande do Norte é que tem vencido os leilões de energia nova. (Colaborou Bruno Stéfano)
Por quê
ENTENDA A NOTÍCIA
A energia de uma central eólica custa até 70% mais do que a mesma quantidade gerada por uma hidrelétrica. Mas a energia do vento tem a grande vantagem de ser inesgotável e causar pouco impacto ao meio ambiente.
SERVIÇO
Lista das usinas que devem entrar em operação até 2014
Site: http://bit.ly/L5Dr99
NÚMEROS
8
bilhões de reais serão investidos no Ceará em energia eólica
17
usinas É o número de parques eólicos em operação no Estado
518
megawatts É a capacidade eólica instalada no Ceará
Saiba mais
Em termos de potencial, o Brasil está entre as quatro nações do mundo que mais crescem no setor eólico, ficando atrás somente da China, Estados Unidos e Índia. Ao todo, são 71 parques eólicos, em nove estados.
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), a energia eólica representa atualmente 1,26% da matriz energética do País e, em 2016, deverá representar 6%. No ritmo atual de contratação, o segmento deve atingir 25 GW de potência instalada em 2020.
Os ventos do Ceará têm potencial para gerar 35 mil MW, sendo 25 mil MW em terra (on shore) e 10 mil MW (off shore), segundo Atlas Eólico do Estado, da Adece. São 17 usinas em operação nos municípios de Camocim (1 parque eólico), Aracati (5), Amontada (1), Acaraú (2), Beberibe (3), Paracuru (1), São Gonçalo do Amarante (2), Aquiraz (1) e Fortaleza (1).
Em 2012, devem entrar em operação mais 21 parques eólicos.
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