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A inadimplência dos empréstimos e financiamentos deverá cair após as medidas de estímulo ao crédito e à compra de veículos anunciadas pelo governo no último dia 21, segundo especialistas. A razão é que as novas prestações ficarão mais baratas.
O presidente Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Décio Carbonari de Almeida, prevê que as prestações serão reduzidas em cerca de 10%, na mesma proporção do índice esperado no valor do carro. Com isso, acredita que as condições para a liberação de crédito, a partir das novas medidas do governo, também serão melhoradas.
Nas suas contas, uma prestação de R$ 500 poderá ser reduzida para R$ 450. “Se a renda mínima exigida é quatro vezes o valor da prestação, o cidadão precisava ter uma renda de R$ 2 mil para uma prestação de R$ 500. Com a queda para R$ 450, a renda [exigida] cai para R$ 1,8 mil”, avaliou.
Segundo ele, abre-se uma janela para que clientes com renda entre R$ 1,8 mil e R$ 2 mil que, até antes das medidas, não tinham condições de ter crédito, agora tenham chance de contratá-lo. Além disso, o cliente de renda alta que compra carro zero à vista também é estimulado, porque vê a oportunidade de trocar de carro com algo em torno de 10% de desconto.
Outro fator importante para reduzir a inadimplência é que, a partir do momento que cai o valor da prestação, o novo cliente terá mais condições de pagar o financiamento do que os clientes anteriores que pagavam mais.
Nos caso dos automóveis, o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras lembra que é importante separar os financiamentos antigos dos novos para fazer essa avaliação.
Para Carbonari, são questões distintas e a inadimplência que existe atualmente tem relação com financiamentos em andamento, contraídos antes das novas medidas. E uma avaliação mais precisa, informou, só após a divulgação dos dados sobre a inadimplência de maio.
“É prematuro fazer qualquer avaliação já que em abril a curva continuava subindo. Com as novas medidas do governo, teremos que avaliar os novos contratos, os novos financiamentos”, disse. (das agências)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
O Governo Federal tem usado medidas como a queda dos juros e a redução de alíquotas de impostos para estimular o comércio e a produção nacional, e, assim, manter a economia aquecida, apesar da crise internacional.
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Dados divulgados na sexta-feira pelo Banco Central (BC) mostram que a inadimplência do crédito para a compra de veículos atingiu 5,9%, em abril, a maior da série histórica iniciada em 2000.Para o economista-chefe da Serasa, Luiz Rabi, o aumento da inadimplência mostra que as dificuldades de honrar as despesas típicas de início de ano, aliadas ao endividamento crescente da população, se estenderam para além do mês de março, que é considerado o mês mais crítico para quitação de dívidas.
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