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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o crédito “não está crescendo a contento” para estimular o crescimento do país. “Em 2012, o crédito está se expandindo numa taxa inferior ao desejado para continuar alimentando o crescimento do país”, afirmou o ministro durante evento em São Paulo.
A solução, disse o ministro, é baixar os juros cobrados pelos bancos. “É preciso aumentar o crédito e diminuir o custo financeiro. As taxas ainda são incompatíveis com a situação do país, que é mais sólida. Não tem coerência as taxas de “spread” cobradas na economia brasileira, pagas pelo consumidor e pelo empresário”.
Mantega afirmou que o BC “está fazendo a sua parte”, reduzindo a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 9% ao ano. “Mas isso não tem traduzido impacto na redução da taxa de juros para o consumidor”, afirmou Mantega.
“Spread”
O governo federal vem travando uma queda de braço com o sistema financeiro para reduzir o “spread’ bancário (diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa cobrada ao consumidor). Dentro do “spread” está o lucro dos bancos.
Mantega afirmou que a velocidade de empréstimos caiu no Brasil, como resultado de uma maior cautela das instituições ao emprestar. O ministro observou que houve aumento da inadimplência, mas afirma que é um movimento “normal”, reflexo da desaceleração da atividade no país.
Mantega disse que o governo está fazendo a sua parte. “Entre as medidas que temos tomado está a que anunciamos ontem. É uma pequena modificação nas regras da poupança. Tínhamos um obstáculo que é a regra da poupança, que a partir de certo patamar de juros se transforma num piso para que os juros continuem caindo”, disse.
Com a alteração, segundo o ministro, o caminho está aberto para que os juros continuem em queda. Mantega, entretanto, evitou fazer projeções para as próximas decisões do Banco Central (BC). Afirmou apenas que se o BC achar conveniente, pode baixar os juros. (da Folhapress)
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