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Bruno Stéfano
ENVIADO A UBERLÂNDIA (MG)brunostefano@opovo.com.br
Plantações de milho com resistência às cinco principais pragas da cultura. É o que promete o mais novo produto desenvolvido pela multinacional norte-americana Dow AgroSciences, o Powercore, semente geneticamente modificada que terá lançamento oficial em maio e disponibilidade comercial, em novembro deste ano, em todo Brasil.
Apresentada à imprensa no início desta semana, na unidade de pesquisa de Indianópolis (MG) da empresa, a fabricante promete que a nova variedade de milho transgênico é capaz de combater, principalmente, os estragos provocados pela lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), que é responsável pela perda de 40% da produção de milho no País.
Segundo o coordenador de projetos de biotecnologia para América Latina e gerente de pesquisa e desenvolvimento da Dow AgroSciences no Brasil, Antonio Cesar Santos, o Powercare elimina a utilização de inseticidas, que, além de apresentarem eficácia somente de 80%, ainda matam os inimigos naturais das pragas e não evitam que parte da planta seja destruída. “Com o Powercare, há economia de óleo diesel, devido à otimização de equipamentos, não é necessário preocupação com o descarte das embalagens de inseticida e os resultados são bem mais eficazes”, afirma.
Cesar explica que o produto foi desenvolvido com cinco eventos de modificação genética, sendo três para o combate de pragas e dois para a tolerância de dois tipos de herbicidas (agentes que combatem ervas daninhas), como o glifosato e o glufosinato.
Para o combate das pragas, a semente transgênica funciona da seguinte forma: quando a mariposa deposita seus ovos na planta e estes eclodem, as larvas começam a se alimentar das folhas. Logo nessa primeira alimentação, a larva ingere uma proteína, contida no DNA da planta, que destrói seu intestino, provocando uma infecção generalizada. A larva, então, para de se alimentar, no período de duas a três horas, e morre em até três dias.
Organismo humano
Questionado se essa proteína também seria prejudicial ao organismo humano, Cesar afirma que a proteína age de acordo com o meio alcalino encontrado no intestino das lagartas, que possuem pH (índice que indica acidez, alcalinidade ou neutralidade de um meio qualquer) de alta alcalinidade, ao contrário dos animais, incluindo os homens, cujo pH é ácido. “Devido à acidez do nosso sistema digestivo, essas proteínas não são absorvidas pelo nosso organismo”.
Além da lagarta-do-cartucho, o Powercore combate também as pragas da Broca-do-colmo (Diatraea saccharalis), lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea), lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus) e lagarta-rosca (Agrotis ipsilon). De acordo com o mexicano Rolando Alegria, diretor de sementes e biotecnologia da Dow AgroSciences, no Brasil, esta nova tecnologia é a primeira com cinco genes modificados para a cultura de milho aprovada no Brasil pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e ratificada pelo Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS).
O repórter viajou a Minas Gerais a convite da Dow AgroSciences.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Apesar de ser uma tecnologia desenvolvida pela Dow AgroSciences, a marca do produto Powercore é de propriedade da Monsanto. O objetivo é abranger o mercado brasileiro e argentino, em 2012, e o norte-americano, em 2013.
Números
5,6
mil funcionários trabalham na Dow AgroSciences em 40 países1,7
mil funcionários trabalham com pesquisa52%
dos que trabalham com pesquisa estão no Brasil
Veja também
67% da produção são transgênicosErro ao renderizar o portlet: Caixa Jornal De Hoje
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