[an error occurred while processing this directive][an error occurred while processing this directive] Polo de Marco perto da autossuficiência em matéria-prima | Economia | O POVO Online
Móveis 21/03/2012

Polo de Marco perto da autossuficiência em matéria-prima

O mercado interno vem garantindo um crescimento de 7% ao ano das vendas do setor. Os responsáveis seriam os clientes lojistas (vendas para as lojas) e corporate (para hotéis e restaurantes), sendo a fatia dividida meio a meio
FOTOS GABRIEL GONÇALVES
Custos para produção de mobiliário poderá cair até 15% e os gastos com frete zerar
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A indústria moveleira do estado do Ceará está prestes a obter uma independência que pode significar uma nova era para o setor. As 28 indústrias que formam o 8º maior Polo Moveleiro do País, em Marco, município a 234 quilômetros de Fortaleza, no noroeste do Estado, poderão deixar de importar do Pará, Bahia e Sul do País a madeira que utiliza como matéria-prima e passar a produzir sua própria. Com isso, os custos para produção de mobiliário poderá cair até 15% e os gastos com frete zerar.

 

As empresas que compõem o Arranjo Produtivo Local (APL) de Marco conseguiram junto à Embrapa Agroindústria Tropical que fosse implantada no município uma área de testes para 38 espécies arbóreas e mais seis clones de híbridos de eucalipto para a indústria moveleira local. As espécies são nativas de algumas regiões do Brasil, não nativas e exóticas.


A notícia é um alento para um setor que, nos últimos cinco anos, viu minguar até quase desaparecer suas importações para o exterior em função do fortalecimento crescente do real frente ao dólar e do aumento dos custos para a produção de peças de mobiliário.


Até 2008, cinco das empresas que compõem o setor moveleiro de Marco exportavam 95% de sua produção para o México, Estados Unidos e alguns países da Europa, como Portugal e Itália. Hoje, é o mercado interno quem absorve esta produção.


Atualmente, a única empresa que ainda mantém algum tipo de exportação para México e EUA é a Osterno Móveis, mas num volume infinitamente longe do que conseguia há cinco anos. O presidente do Sindicato das Indústrias de Mobiliário do Estado do Ceará (Sindmóveis), Geraldo Bastos Osterno Feitosa, lembra que sua empresa exportava 95% de sua produção. Hoje, este índice se situa em apenas 1% que, segundo ele, é para não fechar as portas para o mercado externo. “Nos voltamos para o mercado interno que, hoje, absorve 99% de nossa produção”.


E é o mercado interno quem vem garantindo um crescimento de 7% ao ano das vendas do setor. Os responsáveis seriam os clientes lojistas (vendas para as lojas) e corporate (para hotéis e restaurantes), sendo a fatia dividida ao meio, ou seja, 50% para cada segmento. Leonardo Aguiar, presidente da Fabricante Associados de Marco (Fama), diz que os empresários do município vendem hoje para todo o Brasil, mas que o principal mercado consumidor é o Norte e Nordeste. “Quando o dólar baixou para R$ 2 ficou inviável a exportação”, diz.

 

Quem compra


As grandes redes de lojas, como Macavi, Zenir e Magazine Luiza, são alguns dos principais compradores, assim como as lojas voltadas exclusivamente para decoração. Mas as pequenas redes de lojas do Interior estão ganhando cada vez mais espaço entre os clientes do APL de Marco.


“Algumas indústrias de Marco também estão conseguindo uma boa penetração no mercado. Como elas não vendiam diretamente às pessoas físicas, começaram a surgir empresas que comercializam nossa produção na região e algumas indústrias implantaram seus próprios show rooms, com entrega própria sem precisar recorrer a transportadoras e, com isso, conseguiram entrar em cidades onde a comercialização de nossos produtos não existia”, afirma Leonardo Aguiar.


Hoje, 50% da produção fica com as capitais e os 50% restantes ficam no Interior. Há cinco anos, no Ceará, Fortaleza respondia por mais da metade da comercialização. No estado, boa parte dos clientes pessoa física das indústrias de Marco vem da região norte (Acaraú e Sobral). De Fortaleza são poucos os que vêm comprar na região.

 

O quê


ENTENDA A NOTÍCIA


O projeto desenvolvido pela Embrapa Agroindústria Tropical visa selecionar espécies arbóreas que poderão dar autossustentabildade às indústrias da região que, hoje, importam quase 100% da matéria-prima.

 

 

Gargalos do setor


A região Norte está altamente afetada pela falta de investimentos em estradas. Não é o principal gargalo, mas é um dos que afetam o escoamento da produção;

 

O principal gargalo, apontado pelos empresários do polo moveleiro de Marco é a dificuldade de acesso ao crédito. As linhas de crédito e existem mas não são fáceis de serem obtidas, por causa do excesso de burocracia;

 

A questão do design ainda é um problema. O segmento ainda não conseguiu desenvolver uma identidade própria e a necessidade do fortalecimento da marca é apontada como um fator que limita o crescimento para novos mercados;

 

Impostos. A grita é de todos os setores, em todo o país, mas em Marco os empresários dizem que 30% do volume total de negócios realizados são só de impostos, como o ICMS;

 

Telefonia celular. Em Marco, apenas duas operadoras oferecem o serviço: Tim e Claro.

Rebecca Fontes
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espaço do leitor
Rosa De Fatima Gonçalves 21/03/2012 20:15
EU ESTOU MUITO ORGULHOSA DE TER MORADO NESTA CIDADE .
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Rosa De Fatima Gonçalves 21/03/2012 11:29
Fico feliz com os progressos da cidade.!!!
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Rosa De Fatima Gonçalves 21/03/2012 11:27
EU ESTOU MUITO ORGULHOSA DE TER MORADO NESTA CIDADE .
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