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A taxa de mortalidade infantil no Ceará caiu, mas continua acima da média no Brasil. Em 2001, aproximadamente 35 de cada mil bebês nascidos vivos morriam antes de completar um ano. O índice diminuiu para 24,4 em 2007, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
No Brasil, as taxas foram de 26,3, em 2001, e de 20, em 2007. Comparando apenas com o Nordeste, o Ceará encontra-se em posição favorável. A região teve índice de 39,3, em 2001, e de 28,7, em 2007. O estudo do Ipea abrange somente esse período.
Apesar do avanço, a taxa de mortalidade infantil no Ceará ainda é inferior ao índice considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 10 óbitos por mil nascimentos. O secretário da Saúde do Estado (Sesa), Arruda Bastos, diz que o Governo tem feito investimentos para tentar reduzir as mortes de bebês.
Segundo dados mais recentes da secretaria, a taxa em 2010 foi de 13,1 mortes para cada mil crianças nascidas vivas. “Agora, a gente pretende dar um grande salto e reduzir ainda mais esse índice”, promete Arruda. A aposta do secretário é no projeto Rede Cegonha, que visa garantir, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez - passando pelo pré-natal e o parto - até os dois primeiros anos de vida do bebê.
“Muitas crianças que morrem nas primeiras semanas de vida é por falta de um pré-natal adequado. Estamos estruturando a rede, levando o projeto para todas as policlínicas (no Interior)”, informa o secretário. A ideia é investir mais no pré-natal das mulheres com gravidez de risco. “Vamos dar uma atenção especial, com mais exames de ultrassom, um acompanhamento mais amiúde”, acrescenta.
O secretário também cita que foram feitos investimentos no Hospital Geral de Fortaleza (HGF) e na Maternidade César Cals. A atuação do Programa Saúde da Família (PSF) também teria contribuído para a redução das taxas de mortalidade infantil.
Doenças em bebês
Em agosto de 2011, O POVO publicou série de matérias mostrando que a maioria das crianças que morreu no Ceará foi por doenças que se manifestaram no período perinatal, tempo que vai da gestação até 28 dias depois do nascimento do bebê. As enfermidades estão relacionadas, principalmente, a transtornos respiratórios e cardiovasculares.
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Apesar do Ceará ter reduzido a taxa de mortalidade infantil, o índice ainda preocupa por ser menor do que a média no Brasil e inferior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
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