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Entre 2001 e 2009, a água encanada no Brasil aumentou sua cobertura, passando de 81,4% para 87,7%. Assim como na alfabetização, é possível encontrar sérias diferenças regionais. Em 2009, 20% da população cearense ainda não possuíam esse serviço. Olhando só para a zona rural, esse índice passava para 53,7%.
No quesito esgotamento sanitário a situação é ainda mais preocupante. Apenas 7% da população do campo vivia em domicílios com esgotamento adequado, em 2009. Enquanto isso, na área urbana, 43,3% já tinham esgotamento, contra uma média nacional de 66,9% e nordestina de 44,5%.
Segundo o presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos, o saneamento ficou esquecido pelo poder público por quase duas décadas. “O Brasil cresceu na área elétrica, mas o déficit com o esgotamento sanitário é gigante nas Regiões Norte e Nordeste”, pontua.
Edison aponta muitas dificuldades em levar tratamento adequado para a zona rural devido à dificuldade de locomoção e a distância entre as residências. “Em muitos lugares nem é viável fazer uma rede de água e esgoto. A área rural tem que ser tratada com olhar específico de região para região. Existe tecnologia, mas deve haver vontade política”, completa. (IC)
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