Protesto pede restauração da Praça da Bandeira
Moradores do Centro, funcionários e pais de alunos do Colégio Militar de Fortaleza (CMF) protestaram na Praça da Bandeira, em frente à Paróquia Cristo Rei, na tarde de ontem. Eles reivindicavam a restauração do equipamento público e a retirada dos tapumes que isolam o local devido às obras do Metrô de Fortaleza (Metrofor). Os moradores reclamam do aumento da criminalidade na região.
O abraço coletivo reuniu mais de cem pessoas. Para a engenheira civil Vitória Hirth, uma das organizadoras, mesmo sem as obras do Metrofor, os moradores carecem de espaços de lazer. “Aí dentro tem cobra e rato. Tem muito lixo também. Assaltos se tornaram comuns por aqui. É fácil ver pessoas pulando o muro”, relatou.
O empresário Geovane Montezuma, 62, reclamou da demora na conclusão da obra. Ele tem um posto de combustível na avenida Santos Dumont e disse que os transtornos para os motoristas, somados ao assaltos, afastaram a clientela. Ele estima ter prejuízo mensal de 50%. Segundo o empresário, a casa da mãe, que também mora na região, foi alvo recente da ação de criminosos. “Ela está internada e aproveitaram a casa sem ninguém para assaltar. Levaram geladeira, televisão, fogão e móveis”, disse.
A Polícia Militar acompanhou o protesto. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que é feito policiamento no entorno da Praça da Bandeira. A pasta afirmou que mais operações de policiamento serão direcionadas à região. As ações devem ocorrer principalmente nos horários de maior fluxo de alunos e durante eventos religiosos na paróquia. (Igor Cavalcante)
Frase
“AÍ DENTRO TEM COBRA E RATO. TEM MUITO LIXO TAMBÉM. ASSALTOS SE TORNARAM COMUNS POR AQUI. É FÁCIL VER PESSOAS PULANDO O MURO”
Vitória Hirth, engenheira civil e organizadora da manifestação
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