Ceará reduz homicídios após 17 anos e deve atingir meta de 6% de queda

SSPDS confirma diminuição nos assassinatos em 2015, com relação ao ano anterior. Expectativa é de queda superior à meta de 6%

Thiago Paiva thiagopaiva@opovo.com.br

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Apesar das chacinas ocorridas ao longo do ano, como a da Grande Messejana, e da crise no sistema socioeducacional, o Ceará encerrou 2015 com redução no número de homicídios, em comparação com o ano anterior. A informação foi confirmada pelo secretário-adjunto da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), coronel Lauro Prado. Levantamentos da pasta apontam que diminuição anual não ocorria há 17 anos.

O percentual de redução ainda não foi divulgado, pois a SSPDS ainda trabalha na consolidação dos números de dezembro. Segundo Prado, o próprio governador Camilo Santana (PT) irá divulgar o resultado, em entrevista coletiva, com data a definir. Expectativa, porém, é de queda superior à meta de 6%.

Isso porque, mesmo que dezembro repita as estatísticas do mês mais violento do ano — janeiro, com 433 assassinatos — a redução ainda seria de 7,5%. Mantendo-se o patamar de novembro, a queda seria de 9%.

Entretanto, embora inferior 2014 e 2013, o número de homicídios ainda passa de 10 por dia.

Política exitosa

Na avaliação de Prado, a redução alcançada se deve às políticas de segurança que começaram a ser implementadas ainda em dezembro de 2013, quando o então titular da SSPDS, delegado Servilho Paiva, lançou o programa “Em Defesa da Vida”, que trouxe novos métodos de trabalho.

O Estado foi dividido em 18 regiões geográficas, chamadas de Área Integrada de Segurança (AIS). Foi estabelecida a meta de 6% para a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que incluem homicídios e latrocínios (roubo seguido de morte). Mediante o alcance dos objetivos, os agentes recebem prêmios trimestrais em dinheiro, cujo valor varia conforme a patente e cargo.

“Os policiais absorveram a filosofia do programa. Adaptaram-se à estratégia do mapeamento para, através das ações integradas, conseguirmos direcionar o policiamento, seja Militar ou Civil. Entenderam que não adianta trabalhar isolado. Um complementa o trabalho do outro. E tem dado certo”, avaliou.

Mesmo com o resultado, o coronel defende mudanças no projeto para alcançar novas reduções. “Não estamos satisfeitos. Uma comissão irá avaliar a manutenção da meta e outras medidas, como redefinição das áreas integradas”.

Saiba mais

O programa também estabeleceu meta de 20% para redução dos Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVP), que incluem todos os tipos de roubo (exceto latrocínio). Porém, a medida foi suspensa após uma atualização no sistema de informação das delegacias de Polícia Civil.

Lauro Prado destacou a importância do programa Ceará Pacífico, que inclui diversos órgãos do Estado e da sociedade civil. “A cada ano ficará impossível reduzir as mortes só com ações da Polícia. Agimos nas consequências e não as causas. Daí a importância da questão social do programa”.

> TAGS: segurança polícia

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Touro 03/01/2016 06:06

Tá tudo tranquilo!

Luis H 02/01/2016 16:48

Baixar de 12 para 11 homicídios por dia, significa que continuamos a viver numa cidade sitiada por crimes bárbaros. Continuamos na cidade mais violenta do Brasil. Sem falar no assaltos. Tem um ladrão que há mais de dois mês assalta armado, diariamente, no mesmo horário, no Master Concursos da Aldeota e todo mundo sabe onde ele mora no campo do américa. Mas a cidade está abandonada, é cada um por si. São de 5 a 10 celulares por dia que o malandro rouba na Tiburcio Cavalcante com Costa Barros.

Pedro Albuquerque 02/01/2016 12:44

A manchete deveria ser o fato de os órgãos de investigação não terem elucidado a chacina ocorrida no Curió. As mortes desses 12 jovens deveriam ser o grande escândalo do ano. O jornal não deveria ser tão acrítico dessa forma!!!

David 02/01/2016 12:00

Após 17 anos com os números absolutos subindo, se consegue uma redução e é colocada em primeira página... Comemorar o que? Sabemos que a segurança é quase zero em Fortaleza e o menor dos culpados é a polícia.

Antonio Pinheiro 02/01/2016 11:17

Tentem fazer um simples boletim de ocorrência para ver se conseguirão. Tudo maquiado, disfarçado, escondido, enrolado.

Antonio Pinheiro 02/01/2016 11:15

Quiseram mais PT? ter~´ao mais PT!

Antonio Pinheiro 02/01/2016 11:15

Só tolos para acreditar nessa maquiagem. A violência nunca esteve tão presente na vida da população.

Araujo 02/01/2016 09:55

Comparar com a extrema matança ocorrida no governo CID GOMES é facil, vamos ver agora, comprar ano de 2015 desse Governo com o ano do mesmo em 2016, tenho quase certeza que esses numeros não vai baixar a não ser que como de regra os os mesmos sejam manipulados.

Marcelo Barroso 02/01/2016 09:49

Parece propaganda pra se "fazer política", pois na situacao que o Pais/cidade vive, nada disso aí, é motivo pra se comemorar. Reduz, muito pouco em uma coisa e cresce desornadamente em outro. É so média1

IRONMANIACO! 02/01/2016 08:30

PROBLEMA NO POLICIAMENTO NÃO É!POIS SE FOSSE,TERIAM VAGAS OCIOSAS NOS PRESÍDIOS! TEM QUE COLOCAR É UM CÓDIGO PENAL E PROCESSUAL IGUAL AO DA INDONÉSIA QUE CONSOLIDE O TRABALHO DAS POLÍCIAS E FAÇA TODOS PENSAREM BEM ANTES DE COMETEREM CRIMES, DO CONTRÁRIO NADA ADIANTARÁ!!!

Zé Bob 02/01/2016 08:14

Não parabenizo este valor. Acho que a política de segurança pública é fajuta, por ser fraca. Vivemos situação em que não há resposta rápida da polícia e a fiscalização (polícia ostensiva) também não funciona. Então, o que garante que esse percentual de queda não é "mera sazonalidade"? Ou mesmo cálculo errado da SSPC, visto que suas estatísticas são meio "mágicas"?

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