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A contramão da onda de músicas que carregam letras de ostentação – como no funk-, o hit do Carnaval no litoral cearense desse ano fala sobre o amor independentemente do dinheiro. “Será que ela vai me querer? Agora vou saber a verdade. Se é dinheiro ou amor (ou cumplicidade)”, diz a segunda estrofe da música “Lepo lepo”, que já chegou aos ouvidos até de quem não tem afinidade com o estilo musical. Tocada pelo Psirico, grupo baiano de suingueira, a música é assinada pelo vocalista da banda, Márcio Victor. O autor do sucesso declarou, em recente entrevista, que a música pode ser analisada como uma forma de “gritar não ao capitalismo e sim ao amor”.
Se os fãs da música também veem dessa forma, não se sabe ao certo, mas o fato é que o “Lepo lepo” saiu dos paredões de som e ganhou os palcos. Dos paredões de som nas praias às atrações musicais de Beberibe, era notável o domínio do “Lepo lepo”. “É o som do Carnaval. Faz até quem não dança se soltar”, brincava a estudante de direito, Andrea Coutinho, 21, enquanto fazia a coreografia.
Os foliões nas praias de Aquiraz foram unânimes: o “Lepo lepo” é o clássico do Carnaval 2014. Tem gente que não vai esquecer, tão cedo, a canção que fala sobre amor em tempos de crise financeira. “Quando acabar o Carnaval, ainda vou dormir dançando”, disse, sem deixar de mostrar a coreografia, a vendedora Wládia Lima, 21, que curtia com amigos um dos paredões da Praia do Presídio.
Os paredões estacionados na faixa de areia na praia da Taíba (São Gonçalo do Amarante) eram o atrativo para a aglomeração de jovens, que faziam a coreografia freneticamente. Por vezes, nesses locais, mais de dois carros tocavam a música. Mas teve gente que preferiu ficar um pouco mais distante. “Eu e meu marido não gostamos da música nem da confusão”, disse a servidora pública Ana Leal, 45.
Entre axés e suingueiras, Majorlândia (Aracati) não teve só “Lepo lepo”. Um dos sucessos foi “Esquema video game”, da banda PlayWay, que versa sobre as fases da dança como se fossem um game. “Chegou à fase final do nosso video game / Pra você vencer o jogo empina a bunda e treme, treme”. A praia chamava atenção pela presença massiva de público masculino, mas, mesmo a falta de público feminino não intimidava os dançarinos: eram os cuecas quem puxavam mesmo os passos mais ousados em Majorlândia. (Colaboraram André Bloc, Átila Varela e Bruno Pontes)
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